Mercados por TradingView
O “básico” dos mercados… As bolsas da Europa operam mistas, após boa sessão na Ásia. Nos EUA, após ganhos de ontem em Dow Jones e S&P 500, futuros operam em alta. O dólar opera estável, enquanto há leve pressão de alta sobre os juros das Treasuries.
As tarifas de Donald Trump… O presidente assinou ontem a criação de novas taxas sobre importação de aço (25%) e alumínio (10%), em linha com o que vinha sendo ventilado desde a última 5ª (dia 1º). Começam a valer a partir do dia 23 deste mês. Haverá “flexibilidade”: Canadá e México ficam de fora disto, por exemplo.
BC europeu: juros baixos, e PIB mais forte… O BC europeu decidiu manter, de forma unânime, as atuais taxas de juros, em linha com o esperado pelo mercado. Revisou o PIB deste ano para cima, de 2,3% para 2,4%; e manteve em 1,4% a expectativa para a inflação. Mensalmente, o BC segue comprando 30 bilhões de euros em ativos – compras que irão até setembro deste ano.
Mario Draghi: sem o “viés expansionista”… Chamou a atenção: o presidente do BC retirou do seu discurso o chamado “viés expansionista” – a sinalização clara de que, a depender da conjuntura, o BC poderia ajustar em tamanho e/ou duração o QE. Afinal, as perspectivas são boas à frente, e tal comentário se mostra desnecessário.
“Guerra” comercial… Em sua coletiva de imprensa, Draghi foi questionado sobre as políticas protecionistas dos EUA. Embora não acredite que estas venham a ter impacto relevante sobre suas decisões, afirmou: “Se você coloca tarifas contra os sues aliados, começo a pensar em quais são os seus inimigos”.
Japão: uma mensagem clara… O BC japonês, chefiado por Haruhiko Kuroda, foi claro: não diminuirá os estímulos monetários enquanto a inflação não acelerar para a meta de 2% ao ano. Por enquanto, as políticas continuam como estão.
Na agenda de hoje… No front macro, sairá o Relatório de Empregos nos EUA (10h30). O desemprego pode cair de 4,1% para 4,0%, após criação de 200 mil empregos. A média dos salários-hora deve crescer 2,8% (frente a fevereiro de 2017). Além disso, 2 dirigentes do Fed falam: Rosengren (14h40); e Evans (14h45).
Eleições… Rodrigo Maia (DEM-RJ) foi lançado candidato à Presidência. Hoje, tem algo próximo de 1% das intenções de voto. A expectativa de siglas aliadas, como PP, PR, PRB e Solidariedade é que alcance 2 dígitos nas pesquisas eleitorais até maio. Além dele, Ciro Gomes oficializou a sua candidatura pelo PDT; e confirmou nomes de seu possível governo: Roberto Mangabeira Unger (ex-governo Lula e Dilma); Nelson Marconi (professor da FGV); e Mauro Benevides Filho (secretário de Fazenda do Ceará).
A relação PSDB-MDB… Apesar de o PSDB ter desembarcado do governo, costura-se uma aliança eleitoral entre ambos os partidos. Afinal, com o tempo, a candidatura de Alckmin deve ganhar tração. O tucano, que teria garantidos o PSD e o PTB, também tem articulação encaminhada com o DEM (caso Maia não decole), embora tal relação, por enquanto, esteja “congelada”.
Mudanças ministeriais… Temer não quer esperar até o dia 7 de abril para fazer a reforma ministerial. Gostaria de substituir até o final deste mês todos os que pretender concorrer às eleições. Neste contexto, a possível saída mais relevante é a de Meirelles.
Discussão sobre preços de gasolina… A equipe econômica estaria discutindo uma alteração na tributação do ICMS sobre a gasolina, de ad valorem (percentual do preço) para ad rem (valor nominal específico). Claudia Safatle, em sua coluna do Valor, faz um resumo hoje sobre a discussão “torta”, embora “oportuna”, que Meirelles introduziu dias atrás.
Impostos: reoneração da folha… Sem conseguir aprovar um projeto de lei para reonerar a folha de pagamentos como desejava, a equipe econômica tenta negociar com líderes da Câmara a fixação de uma data para o fim completo deste benefício. A Câmara defende uma desoneração até o final de 2020; a Fazenda até o final de 2019.
IBGE: a safra será maior… Segundo levantamento atualizado, a safra de cereais, leguminosas e oleaginosas será de 227,2 milhões de toneladas em 2018. Com relação à previsão do mês passado, houve um aumento de 0,5%. Em relação à safra anterior, que totalizou 240,6 mi de toneladas, há um decréscimo de 5,5%. Neste cenário, esperamos uma inflação de alimentos no domicílio próxima de 4% neste ano.
Na agenda de hoje… No front macro, o IPCA de fevereiro é o grande destaque. Foi para 0,32% m/m e 2,84% a/a, contra expectativas do mercado de 0,31% e 2,83%, respectivamente. Baixa, e após revisões baixistas para o final deste ano, esperamos que o BC corte a Selic para 6,50% no Copom do dia 21 deste mês.
E os mercados hoje? O dia ficará condicionado pelo Relatório de Empregos dos EUA, e pelo IPCA de fevereiro por aqui. Num início de sessão, temos um viés mais negativo para a bolsa, e de alta nos mercados de câmbio e juros.
Ibovespa: -0,58%, aos 84.985 pontos;
Real/Dólar: +0,65%, cotado a R$3,265;
Dólar Index: +0,60%, 90,170;
DI Jan/21: -03 pontos base, 8,250%;
S&P 500: +0,45% aos 2.739 pontos.
Fonte: Bloomberg. Obs.: a taxa de câmbio utilizada é a referência da Bloomberg
Tenda: Números do 4º tri acima das projeções
Impacto: Positivo.
Folha de São Paulo
– Salário desigual entre mulheres e homens reduz PIB, diz estudo
– Moro condena Bendine por corrupção na Petrobras
– Com documentos, Temer tenta rebater acusação de acesso a dado sigiloso do STF
– Maia diz que será candidato mesmo contra presidente
O Estado de São Paulo
– Futuro de 52% dos jovens do país está em risco, diz estudo
– Dia Internacional da Mulher: escrevendo novos destinos
– União tem R$ 37 bi em “restos a pagar” a Prefeituras
– Senado libera oferta de voos de Brasil e EUA
O Globo
– País leva 52% de seus jovens à exclusão do mercado
– Negras têm menos chances de ocupar cargos de chefia
– Obstáculos no caminho da segurança
– Um motel aconchegante na cadeia em Benfica
Valor Econômico
– Brasil teme que UE também restrinja importação de aço
– Lava-Jato muda perfil do setor de obra pública
– STF articula solução para o caso Lula
– Bancos cortam limites de crédito à BRF
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