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Mercados por TradingView

Apito Final | Ibovespa retorna aos 126.000 pontos com dados do Caged balançando expectativas de Cortes de Juros

15 de março de 2024
Escrito por Yuri Alves
Tempo de leitura: 7 min
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FECHAMENTO:

S&P 500: 5.117 (- 0,65%)
IBOVESPA: 126.741 (- 0,74%)
DOW JONES: 38.714 (- 0,49%)
NASDAQ: 15.973 (- 0,96%)
NIKKEI 225: 38.707 (- 0,26%)
BRL/USD: R$ 5,00 (+ 0,18%)
DXY: 103,45 (+ 0,09%)
Petróleo Brent: US$ 85,30 (- 0,14%)
DI Jan/25: 9,97% (+ 5,5 bps)
DI Jan/29: 10,62% (+ 10,0 bps)
DI Jan/31: 10,88% (+ 9,3 bps)

PRINCIPAIS ALTAS:

AZUL4: $13,49 (+ 6,89%)
HYPE3: $34,10 (+ 4,03%)
BRKM5: $21,71 (+ 3,38%)
CMIG4: $11,43 (+ 2,97%)
SUZB3: $60,80 (+ 2,18%)

PRINCIPAIS BAIXAS:

GOLL4: $1,78 (- 11,88%)
COGN3: $2,48 (- 11,74%)
YDUQ3: $19,14 (- 9,76%)
LREN3: $15,40 (- 6,72%)
ALPA4: $9,54 (- 6,56%)

Desempenho dos Mercados:

O Ibovespa registrou uma queda de 0,85%, encerrando a 126.602 pontos na sexta-feira, sob influência do declínio nas ações ligadas a commodities e relatórios de lucros abaixo do esperado. A preocupação com o crescimento econômico da China e a crise imobiliária agravante impactaram negativamente o minério de ferro, que chegou a ser negociado a valores inferiores a US$100/tonelada, resultando em uma desvalorização expressiva nas ações da Vale. A Yduqs experimentou uma diminuição de quase 8% em suas ações após a divulgação de seus resultados financeiros, impactados por elevadas despesas. Em contrapartida, a Braskem se recuperou das perdas, registradas no início da sessão, após notícias veiculadas pela Folha de que o governo deseja nomear Guido Mantega para o conselho da companhia petroquímica. A Petrobras mostrou estabilidade após registrar quedas em quatro das cinco sessões subsequentes ao anúncio de dividendos reduzidos, sem distribuição de parcela extra.

O dólar ultrapassou a marca de R$ 5,00, impulsionado pelo incremento do índice da moeda no cenário internacional e pela contínua depreciação do minério de ferro. Ademais, as incertezas políticas decorrentes da intervenção governamental em empresas estatais ainda exercem pressão negativa sobre o ânimo dos investidores, que permanecem atentos aos indicadores econômicos dos Estados Unidos, antecipando a reunião do Fomc na próxima semana.

Na sessão de hoje, a primeira “triple witching” de 2024, os mercados acionários dos Estados Unidos encerraram em queda, com o S&P 500 recuando 0,65%, o Nasdaq declinando 0,96% e o Dow Jones retrocedendo 0,49%. A sessão foi caracterizada por volatilidade acentuada, impulsionada pelo vencimento significativo de opções e uma expressiva desvalorização no setor tecnológico. Dados recentes indicando índices de CPI e PPI acima do esperado alimentaram conjecturas de que possíveis cortes nas taxas de juros poderiam ser adiados para mais tarde no ano. O setor tecnológico apresentou o maior declínio, liderado pela queda nas ações da Microsoft, Apple, Amazon e Alphabet. Na semana, o S&P 500 e o Dow Jones acumularam ganhos de 0,3% e 0,2%, respectivamente, enquanto o Nasdaq apresentou uma leve queda de 0,1%.

Os juros futuros têm avanços ao longo da curva por dados de serviços e do Caged acima do previsto, às vésperas do Copom. Taxas sobem com maior intensidade nos vencimentos médios e longos. Números não devem afetar decisão do próximo Copom, mas podem influenciar apostas para a extensão do ciclo do BC. Inflação de alimentos preocupa Lula, diz Estado. O dólar, que chegou a superar R$ 5,00 diante da alta do índice da moeda no exterior e de nova queda no minério de ferro, para abaixo de US$ 100 a tonelada. Em nossa visão, os dados recentes foram realmente fortes: vendas do varejo, serviços, Caged. Uma economia forte e um contexto do mercado de trabalho favorecem uma estratégia mais conservadora do Banco Central.

A culminância da semana que vem recairá sobre a reunião do Federal Reserve, a qual englobará as previsões econômicas do FOMC e as projeções da taxa de juros conhecidas como ‘dot plot’. Ademais, nos Estados Unidos, serão analisados indicadores como os PMI’s de Manufatura e Serviços, além de permissões de construção, inícios de construção de habitações e vendas de imóveis existentes. Em âmbito internacional, a atenção estará voltada para as decisões sobre taxas de juros em países como Japão, Reino Unido, Brasil e Suíça. Serão também de interesse os dados inflacionários provenientes do Canadá, Reino Unido, África do Sul e Japão. Na China, serão cruciais as atualizações sobre produção industrial, vendas no varejo, taxa de desemprego, investimento em ativos fixos e taxas de empréstimo primário.

Em janeiro de 2024, o setor de serviços brasileiro registrou sua terceira elevação sequencial, ascendendo 0,7% mensalmente e totalizando um incremento de 1,9% no trimestre. Essa expansão reflete um crescimento interanual de 4,5% e um acúmulo de 2,4% nos últimos 12 meses. Notavelmente, este avanço posiciona o setor 13,5% acima dos patamares pré-pandemia de fevereiro de 2020 e apenas 0,7% inferior ao pico histórico observado em dezembro de 2022. A resiliência do setor de serviços, retornando quase ao seu ápice histórico, surpreendeu as expectativas do mercado, que antecipavam uma contração na receita real do setor. Tal desempenho sinaliza a fortaleza do setor apesar dos avanços significativos recentes. Este vigor é atribuído à manutenção de baixas taxas de desemprego, desaceleração da inflação, continuidade nas políticas de transferência de renda e, possivelmente, ao impacto da injeção de mais de R$ 90 bilhões na economia decorrente da decisão de zerar os precatórios.

As expectativas para a política monetária permanecem estáveis, sem antecipar mudanças significativas no próximo comunicado do Banco Central, mantendo a projeção de cortes adicionais de 0,5 pontos percentuais na taxa Selic em 2024, estabilizando-a em 8,75%. Contudo, a probabilidade de um cenário de estresse, que poderia elevar a taxa Selic para até 9,25%, aumentou em face dos dados recentes. Para os meses futuros, enfatizamos a importância de monitorar a evolução da inflação global, os recentes aumentos nos preços dos alimentos, o desempenho do mercado de trabalho e da renda no Brasil, bem como os desenvolvimentos fiscais previstos para março. Estes elementos serão cruciais para nossa análise da trajetória das taxas de juro, tanto no âmbito nacional quanto internacional.

Em março de 2024, o índice de sentimento do consumidor dos Estados Unidos, conforme avaliado pela Universidade de Michigan, apresentou uma ligeira redução para 76,5, atingindo o menor patamar em três meses, decaindo de 76,9 em fevereiro e aquém das previsões de 76,9. Tal diminuição se deu em virtude de leves melhorias nas finanças pessoais serem contrabalançadas por declínios modestos nas expectativas para as condições empresariais. A análise preliminar revelou que, apesar de poucos indicativos de melhora ou deterioração econômica atual, uma parcela significativa dos consumidores optou por reservar julgamentos acerca da direção futura da economia, especialmente no longo prazo, à espera dos resultados das eleições de novembro.

No tocante à produção industrial nos Estados Unidos, observou-se um incremento de 0,1% em fevereiro de 2024 em relação ao mês anterior, marcando uma recuperação após dois meses consecutivos de declínio, com uma revisão descendente anterior de 0,5% em janeiro. Este resultado superou as expectativas de estagnação do mercado. Destaca-se o aumento substancial na produção manufatureira, que representa 78% da produção total, com um crescimento robusto de 0,8%, recuperando-se de uma queda revisada de 1,1% em janeiro e superando as previsões de um aumento de 0,3%.

No setor de commodities, os contratos futuros de petróleo Brent estabilizaram seus negócios a preços próximos de $85,00 por barril, registrando um avanço semanal superior a 3,5%. Este aumento foi impulsionado pela robusta demanda nos Estados Unidos e um panorama mais otimista para o consumo global de petróleo. Dados recentes da Agência Internacional de Energia indicaram uma inesperada redução nos estoques de petróleo bruto dos EUA, com uma diminuição de 1,536 milhão de barris na última semana, contrariando a previsão de um incremento de 1,338 milhão de barris. A EIA revisou sua previsão de demanda global de petróleo para 2024, elevando-a para 1,3 milhões de barris por dia, ante a estimativa anterior de 1,2 milhão de bpd, e ajustou sua projeção para este ano para um leve déficit em vez de um superávit. Os preços do petróleo também foram sustentados nesta semana pelos ataques de drones ucranianos a refinarias russas, que provocaram um incêndio na maior refinaria da Rosneft. Além disso, as tensões geopolíticas contínuas no Oriente Médio e a decisão da OPEC+ de prorrogar os cortes de fornecimento contribuíram ainda mais para a valorização dos preços do petróleo.

Agenda Brasil:
09h00 – IGP-10 – FGV
09h00 – IBC-Br – BCB
15h00 – Balança Comercial – Secint

Agenda Internacional:
07h00 – Zona do Euro: CPI & Núcleo do CPI – Eurostat
09h30 – EUA: Sondagem de Negócios – Federal Reserve de Nova York
11h00 – EUA: Índice de Confiança do Consumidor – NAHB

Equipe Econômica

Fernando Siqueira – CNPI 2658 | [email protected]
Victor Beyruti Guglielmi | [email protected]
Yuri Vaz Marques Alves | [email protected]

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