Apito Final | Ata do Copom e IPCA-15 pressionam DIS em dia morno para ativos de risco

FECHAMENTO:

S&P 500: 5.204 (-0,28%)
NASDAQ: 18.211 (-0,36%)
DXY: 104,42 (0,09%)
Petróleo Brent: US$ 85,43 (-0,81%)
IBOVESPA: 126.863 (-0,05%)
BRL/USD: R$ 4,98 (0,16%)
DI Jan/25: 9,93% (3,5 bps)
DI Jan/27: 10,12% (7,0 bps)
DI Jan/29: 10,61% (5,2 bps)
DI Jan/31: 10,85% (3,7 bps)

PRINCIPAIS ALTAS:

POSI3: $9,08 (+4,61%)
RENT3: $53,93 (+2,72%)
JHSF3: $4,3 (+2,38%)
PCAR3: $3,07 (+2,33%)
LWSA3: $6 (+2,21%)

PRINCIPAIS BAIXAS:

BEEF3: $6,59 (-8,73%)
MGLU3: $1,78 (-6,81%)
TOTS3: $28,49 (-5,79%)
QUAL3: $2,05 (-4,21%)
MRFG3: $9,37 (-3,60%)

Desempenho dos Mercados:

As ações nos Estados Unidos apresentaram pouca alteração na última hora de negociação da terça-feira, em meio a um cenário de dados econômicos mistos e expectativa pelo relatório de inflação PCE, que poderia fornecer insights sobre futuros cortes de juros do Fed. O S&P 500 está a caminho de registrar cinco meses consecutivos de ganhos de novembro a março — uma realização alcançada apenas uma outra vez neste século, em 2013.

Na agenda do dia, dados apontaram para direções distintas. A confiança do consumidor nos EUA se manteve estável, as encomendas de bens duráveis subiram enquanto o crescimento dos preços das casas acelerou no ritmo mais rápido desde 2022.

No pano de fundo, os dirigentes do Fed deram uma variedade de opiniões, levando a visões divergentes, com a probabilidade de um corte de juros em junho atualmente estimada em cerca de 70%. Investidores ainda se preparam para a medida preferida de inflação do Fed, o deflator do consumo pessoal (PCE inflation), que sai nesta sexta-feira, mesmo com os mercados fechados. Neste ambiente, os rendimentos dos títulos do Tesouro recuaram das máximas da sessão, também repercutindo a venda de notas de cinco anos no valor de US$ 67 bilhões e mais um leilão realizado pela instituição.

Por aqui, os juros futuros subiram na contramão das taxas americanas, com investidores reavaliando ligeiramente a taxa Selic terminal em função da ata do Copom vista como mais dura, assim como um IPCA-15 acima das expectativas em março.

O Banco Central mostrou preocupação com o mercado de trabalho e o seu potencial de prejudicar o progresso da desinflação, principalmente no setor de serviços. Ainda assim, o comitê não descartou abertamente um corte de 0,5 p.p., reforçando que a decisão da retirada do guidance para duas reuniões à frente se deu em função da maior incerteza e não de uma deterioração mais clara do seu cenário base. Não obstante, o tom mais conservador se sobrepôs, elevando apostas em uma Selic terminal mais alta, em torno de 9,75%.

Divulgado logo em seguida, o IPCA-15 também alimentou a dinâmica de piora das expectativas com as taxas de juros ao trazer uma leitura acima do esperado (+0,36% m/m), com os serviços subjacentes reduzindo o ímpeto, mas ainda se mantendo pressionados – o que reforçou a preocupação com o mercado de trabalho expressado na ata.

No pano de fundo, o dólar registrou leve alta, devolvendo a queda verificada no início da sessão, em dia misto para moedas emergentes no âmbito global, e, no mercado de ações, o Ibovespa fechou estável, equilibrado entre a queda da Vale, depois de nova baixa do minério, e dos ganhos das ações dos grandes bancos.

Agenda Brasil (27/03):
08:00 – IGP-M inflação FGV A/A (Mar); Proj: -4,00% (Anterior: -3,76%)
08:00 – IGP-M inflação FGV M/M (Mar); Proj: -0,23% (Anterior: -0,52%)
Sem hora definida – CAGED (Fev); Proj: +220 mil (Anterior: +181 mil)

Agenda Internacional (27/03):
07:00 – Z. do euro – Confiança do consumidor (Mar F); Proj: 0 (Anterior: -14,9)
07:00 – Z. do euro – Confiança na economia (Mar); Proj: 96,2 (Anterior: 95,4)
08:00 – EUA – MBA-Solicitações de empréstimos hipotecários (Mar 22); Proj: 0 (Anterior: -1,6%)

Equipe Econômica

Fernando Siqueira – CNPI 2658 | [email protected]
Victor Beyruti Guglielmi | [email protected]
Yuri Vaz Marques Alves | [email protected]