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Mercados por TradingView

Apito Final | Bolsas Globais despencam com temores de Guerra no Oriente Médio

12 de abril de 2024
Escrito por Yuri Alves
Tempo de leitura: 6 min
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FECHAMENTO:

S&P 500: 5123 (- 1.46%)
IBOVESPA: 125946 (- 1.14%)
DOW JONES: 37983 (- 1.24%)
NASDAQ: 16175 (- 1.56%)
BRL/USD: R$ 5.12 (+ 0.55%)
DXY: 106.0 (+ 0.70%)
Petróleo Brent: US$ 90.14 (+ 0.42%)
DI Jan/27: 10.55% (+ 4.5 bps)
DI Jan/29: 11.11% (+ 3.0 bps)

PRINCIPAIS ALTAS:

PRIO3: $50.86 (+ 2.13%)
CIEL3: $5.47 (+ 1.30%)
BPAN4: $9.36 (+ 0.65%)
ELET3: $39.02 (+ 0.46%)
ELET6: $43.78 (+ 0.32%)

PRINCIPAIS BAIXAS:

AZUL4: $11.16 (- 10.07%)
JHSF3: $4.2 (- 8.10%)
MRVE3: $6.67 (- 6.19%)
QUAL3: $1.47 (- 5.77%)
EZTC3: $14.4 (- 5.76%)

Desempenho dos Mercados:

O cenário financeiro internacional foi severamente impactado por um aumento nos riscos geopolíticos, levando a uma pronunciada queda nos mercados de ações e impulsionando o interesse por ativos seguros, como títulos governamentais e o dólar, ao mesmo tempo em que os preços do petróleo ascenderam. Os mercados acionários tiveram seu dia mais desfavorável desde janeiro, impulsionados por notícias de que Israel poderia estar se preparando para um potencial ataque iraniano a alvos estratégicos. Detectou-se aproximadamente 40 mísseis cruzando o espaço aéreo libanês, dos quais alguns foram interceptados, segundo relatado pelas Forças de Defesa de Israel por volta das 13:40, horário de Nova York. O Presidente dos EUA, Joe Biden, antecipou um possível ataque iraniano contra Israel e exortou o Irã a se abster de realizar tal ação.

O Ibovespa experimentou uma retração superior a 1% impulsionada por um aumento na aversão ao risco global devido a tensões geopolíticas. A Petrobras teve um desempenho negativo e foi a principal contribuidora para a queda do índice, reflexo da desvalorização do petróleo. Os bancos também apresentaram declínios, enquanto a Azul despencou aproximadamente 10% sob pressão do aumento do dólar e do petróleo. Em contrapartida, a Prio registrou alta devido a um resultado favorável em uma decisão arbitral.

Na Bolsa de Valores de Nova York, o cenário foi de forte queda na sexta-feira, com o S&P 500 registrando seu pior dia desde janeiro, ao cair 1,4%. O Dow Jones recuou 475 pontos e o Nasdaq diminuiu 1,6%. O ambiente foi amplamente afetado pelos relatórios de lucros de grandes bancos e pelo agravamento das tensões no Oriente Médio. As ações do setor bancário foram prejudicadas após JPMorgan Chase, Wells Fargo e Citigroup reportarem que as altas taxas de juros impactaram negativamente suas receitas de juros líquidos. As ações do JPMorgan caíram 6,3%, apesar de superar as expectativas de lucros e receitas, enquanto as do Wells Fargo recuaram 0,3% devido a uma queda de 7% no lucro e as do Citigroup reduziram 1,6%. A BlackRock também viu suas ações caírem 2,6%, mesmo com um aumento de 36% no lucro. Grandes empresas de tecnologia como Microsoft, Nvidia e Alphabet também registraram perdas. AMD e Intel sofreram impactos após relatos de que a China havia instruído suas principais operadoras de telecomunicações a eliminar processadores estrangeiros.

A confiança do consumidor nos Estados Unidos, medida pela Universidade de Michigan, recuou para 77.9 em abril de 2024, de 79.4 em março, que foi o nível mais alto desde julho de 2021, segundo estimativas preliminares. O resultado ficou significativamente abaixo das previsões de 79, com declínios tanto nas condições atuais (79.3 contra 82.5 anteriormente) quanto nas expectativas futuras (77 contra 77.4 anteriormente). Geralmente, os consumidores estão adotando uma postura de cautela em relação à economia devido às eleições iminentes, que poderiam impactar significativamente a trajetória econômica. Paralelamente, as expectativas de inflação para o próximo ano aumentaram para 3.1%, o mais alto em quatro meses, e para o período de cinco anos, subiram para 3%, o maior em seis meses.

O euro depreciou-se para abaixo de $1.06 em abril, atingindo o menor nível em cinco meses, pressionado pela divergência nas políticas monetárias entre o Banco Central Europeu e o Federal Reserve e pela crescente demanda pelo dólar em meio a tensões geopolíticas. O BCE manteve as taxas de juros inalteradas em sua reunião de abril e sinalizou que poderia ser apropriado reduzir o aperto monetário em junho se a inflação subjacente continuar desacelerando conforme previsto. Esta perspectiva contrasta fortemente com a do Fed, cuja inflação persistente acima da meta levou os mercados a adiarem as expectativas de corte de juros de junho para setembro. As preocupações geopolíticas, especialmente o aumento das tensões entre Israel e Irã, exacerbaram o ambiente, impulsionando a procura por dólar como refúgio seguro.

O real brasileiro enfraqueceu, ultrapassando a marca de 5.10 por USD, o nível mais baixo desde o início de outubro, em meio a tensões geopolíticas no Oriente Médio e expectativas dovish para o Banco Central do Brasil. Os dados recentes de inflação de março mostraram um aumento mais lento do que o esperado nos preços ao consumidor, a 3.93%, o menor em nove meses. Esse desenvolvimento posicionou a inflação dentro do limite superior de tolerância do BCB, reforçando as expectativas de continuidade dos cortes de taxa além da reunião de junho. Enquanto isso, a demanda por dólar como porto seguro e as expectativas hawkish para o Federal Reserve adicionaram pressão sobre o real. Entretanto, os robustos dados de vendas no varejo sugerem uma resiliência do consumidor brasileiro, gerando esperanças de tração econômica apesar dos altos juros reais. Além disso, o superávit comercial de março se expandiu significativamente, superando as expectativas e impulsionando os influxos de moeda estrangeira.

O ouro alcançou uma nova alta histórica, ultrapassando $2,410 por onça nesta sexta-feira, com um avanço semanal de cerca de 3.4%. A demanda como refúgio seguro dominou, apesar das preocupações com possíveis atrasos nos cortes de taxa de juros pelo Fed. A compra de ouro intensificou-se após relatos de que o Irã estava se preparando para um ataque iminente a Israel, o que poderia desencadear um conflito regional e agravar as pressões inflacionárias existentes. Além disso, o ouro beneficiou-se da forte demanda física na China, onde a falta de opções de investimento alternativas mantém o metal precioso em alta. O índice do dólar estendeu seus ganhos pela terceira sessão consecutiva, aproximando-se de 106 na sexta-feira, o nível mais alto desde novembro, impulsionado pelas tensões geopolíticas e pela expectativa de que o Federal Reserve mantenha as taxas de juros elevadas por mais tempo. Relatórios recentes sobre a inflação nos EUA levaram os investidores a reduzirem suas expectativas para cortes na taxa de juros para este ano, com a maioria agora prevendo reduções somente em setembro. O dólar fortaleceu-se amplamente, registrando maiores altas contra o dólar australiano e neozelandês, o euro e a libra esterlina, com um ganho semanal de 1.5%.

Agenda Brasil:
09:00 – Brasil: IBC-Br – BCB
15:00 – Brasil: Balança Comercial Semanal – Secint

Agenda Internacional:
03:30 – EUA: Discurso de L. Logan – Fed Dallas
06:00 – Zona do Euro: Produção Industrial – Eurostat
09:30 – EUA: Empire Manufacturing – Fed
09:30 – EUA: Vendas no Varejo – C. Bureau
11:00 – EUA: Confiança do Consumidor – NAHB
23:00 – CHI: PIB & Produção Industrial – NBS

Equipe Econômica

Fernando Siqueira – CNPI 2658 | [email protected]
Victor Beyruti Guglielmi | [email protected]
Yuri Vaz Marques Alves | [email protected]

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