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Mercados por TradingView

Apito Final | Bolsas Globais ampliam quedas diante de Incertezas Globais

17 de abril de 2024
Escrito por Yuri Alves
Tempo de leitura: 5 min
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FECHAMENTO:

S&P 500: 5022 (- 0,58%)
IBOVESPA: 124171(- 0,17%)
DOW JONES: 37753 (- 0,12%)
NASDAQ: 15683 (- 1,15%)
NIKKEI 225: 38001,7 (- 1,22%)
BRL/USD: R$ 5,24 (- 0,80%)
DXY: 105,94 (- 0,30%)
Petróleo Brent: US$87,55 (- 2,75%)
DI Jan/25: 10,43% (+ 8,7 bps)
DI Jan/29: 11,44% (-22,0 bps)
DI Jan/31: 11,63% (-21,9 bps)

PRINCIPAIS ALTAS:

CMIN3: $5,22 (+ 5,88%)
LWSA3: $5,02 (+ 3,51%)
TOTS3: $27,09 (+ 2,38%)
AMER3: $0,53 (+ 1,92%)
CSAN3: $14,39 (+ 1,84%)

PRINCIPAIS BAIXAS:

MRFG3: $9,71 (- 6,54%)
CVCB3: $1,87 (- 5,56%)
EZTC3: $13,60 (- 4,43%)
BRFS3: $17,04 (- 4,16%)
HYPE3: $28,34 (- 3,67%)

Desempenho dos Mercados:

Na sessão desta quarta-feira, o Ibovespa registrou uma ligeira queda, mesmo com um impulso postivo significativo proveniente da mineradora Vale. A gigante do setor de mineração apresentou ganhos notáveis, impulsionada pela elevação nos preços do minério de ferro e por uma performance operacional robusta no primeiro trimestre de 2024. A produção de minério de ferro da Vale cresceu 6,1% em relação ao ano anterior, alcançando 70,8 milhões de toneladas métricas, enquanto as vendas expandiram 14,7%, incluindo um aumento de 14,6% nas vendas de finos de minério de ferro, o que resultou em uma valorização de 2,8% nas ações da empresa.

Economicamente, o índice IBC-BR, considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), avançou 0,40% em fevereiro, superando as expectativas e indicando um ambiente de confiança empresarial ainda robusto, mantendo-se acima do limiar de 50. Além da Vale, outras ações que se destacaram incluíram MRV, Companhia Siderúrgica Nacional e Bradespar, todas registrando ganhos superiores a 2,6%.

Paralelamente, os juros futuros de curto prazo no Brasil apresentaram elevação, refletindo os pronunciamentos de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil. A Curva DI hoje indica uma diminuição na expectativa de corte nas taxas de juros, com uma redução de 25,5 pontos básicos prevista para maio e apenas 6,3 pontos para junho. Campos Neto elucidou que o ajuste na orientação do Comitê de Política Monetária (Copom) foi apropriado frente ao incremento de incertezas no cenário internacional. Ele delineou quatro cenários possíveis para o ambiente econômico atual: uma possível estabilização das incertezas, permitindo a continuidade do plano atual; a persistência de elevadas incertezas sem mudanças significativas, o que poderia desacelerar o ritmo de ajustes; um agravamento das incertezas com impactos mais intensos sobre os ativos financeiros, potencialmente instigando discussões acerca da alteração no balanço de riscos; e um cenário de stress global ampliado, o que exigiria uma revisão das premissas básicas do Banco Central. “Ainda é necessário mais tempo para avaliar o impacto dessas incertezas sobre as variáveis de interesse para nossa política monetária”, afirmou Campos Neto, adicionando que o Banco Central não intervém no câmbio diante de um aumento no prêmio de risco.

Na sessão de quarta-feira, os mercados acionários dos Estados Unidos encerraram em baixa, influenciados pela avaliação de investidores sobre os mais recentes resultados corporativos e pelos comentários mais restritivos dos oficiais do Federal Reserve. O índice S&P 500 recuou 0,5%, atingindo marcas inferiores, enquanto o Nasdaq apresentou uma queda mais acentuada de 1,1%, regressando ao seu nível mais baixo desde fevereiro. O Dow Jones Industrial Average registrou uma leve redução de 0,1%, com o desempenho positivo da UnitedHealth contribuindo para atenuar as perdas do índice.

O presidente do Federal Reserve, Powell, declarou que a instituição não tem pressa em reduzir as taxas de juros, apesar dos recentes indicativos de alta inflação. Esta posição representa uma mudança significativa em relação a declarações anteriores que minimizavam as leituras elevadas de inflação observadas em janeiro e fevereiro, as quais não alteravam a percepção de uma tendência de desinflação. As ações do setor de semicondutores lideraram as perdas, com a ASML sofrendo um declínio de 7% devido a resultados desfavoráveis. ARM e Nvidia também enfrentaram quedas de 11,8% e 3,2%, respectivamente. Por outro lado, Abbott Laboratories registrou uma desvalorização de 2,9%, uma vez que projeções mais baixas para o segundo trimestre ofuscaram um forte desempenho em vendas. Em contrapartida, o US Bancorp apresentou um ganho de 1,6% apesar das expectativas reduzidas para a receita líquida de juros, e as ações da United Airlines escalaram 17,4% após divulgar resultados robustos.

As análises sobre o comportamento das bolsas europeias na quarta-feira revelam uma tenue recuperação das perdas iniciais, culminando em um fechamento marginalmente superior ao ponto de equilíbrio. As ações da zona do euro, representadas pelo índice Stoxx 50, apresentaram um leve acréscimo de 0,1%, alcançando 4.922, enquanto o Stoxx 600 pan-europeu registrou ganhos semelhantes, atingindo 499 pontos. Esta discreta elevação deve-se, em grande parte, às perspectivas otimistas derivadas de resultados corporativos encorajadores, especialmente no setor de luxo, com destaque para o aumento de 4,5% nas ações da LVMH, impulsionado por receitas trimestrais que superaram as expectativas de mercado. Paralelamente, empresas como Hermes e Adidas também se destacaram com valorizações significativas, respectivamente superiores a 3% e 8%, graças a resultados robustos e revisões positivas em suas projeções futuras.

No Reino Unido, o índice FTSE 100 registrou um incremento de 0,4%, recuperando-se de um declínio de 1,9% no dia anterior, com destaque para as ações de mineração que se beneficiaram da elevação nos preços do minério de ferro, lideradas por um aumento de 2,6% nas ações da Rio Tinto. Outras grandes corporações, como Royal Dutch Shell e AstraZeneca, apresentaram ganhos modestos. No entanto, Asos indicou medidas para melhoria financeira face a um agravamento nas perdas e uma redução de vendas de quase 20% no primeiro semestre. Adicionalmente, o último relatório sobre o índice de preços ao consumidor indicou uma inflação anual de 3,2% em março, um decréscimo bem-vindo, ainda que ligeiramente acima das expectativas. No mercado de commodities, especificamente o petróleo, os futuros do Brent registraram uma forte queda indo para níveis próximos de US$87,00/barril, refletindo o terceiro dia consecutivo de declínios após dados da EIA mostrarem um acréscimo maior que o esperado nos estoques de petróleo bruto nos Estados Unidos. Os dados do API já antecipavam um cenário de alta nos estoques, corroborando a tendência observada. Adicionalmente, no cenário geopolítico, a tensão entre Israel e Irã permanece elevada após o recente ataque iraniano, com Israel prometendo retaliação e os Estados Unidos recomendando cautela, fatores que contribuem para uma atmosfera de incerteza que influencia diretamente os mercados globais e as expectativas econômicas futuras.

Agenda Brasil:
08:00 – Brasil: IGP-M (2ª Prévia) – FGV
11:30 – Brasil: Leilão de NTN-F & LTN – Tesouro Nacional
14:30 – Brasil: Fluxo Cambial Semanal – BCB

Agenda Internacional:
09:30 – EUA: Pedidos de Auxílio Desemprego – DoL
10:15 – EUA: Discurso de M. Bowman & J. Williams – Federal Reserve
11:00 – EUA: Vendas de Moradias Usadas – NAR
09:30 – EUA: Discurso R. Bostin – Federal Reserve Atlanta

Equipe Econômica

Fernando Siqueira – CNPI 2658 | [email protected]
Victor Beyruti Guglielmi | [email protected]
Yuri Vaz Marques Alves | [email protected]

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