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Mercados por TradingView

Mercados Hoje: Nada mudou

13 de dezembro de 2018
Escrito por Rafael Gad Passos
Tempo de leitura: 9 min
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Introdução: Nas últimas horas, vimos alguma melhora no ambiente externo. Investidores estão atentos à coletiva de imprensa do presidente do BC europeu, Mario Draghi (11h30). Ontem, a tensão comercial diminuiu. O dólar opera sem forças frente aos principais pares; e commodities em baixa. No Brasil, mercado digere decisão do BC. Manteve a Selic em 6,50%.


CENÁRIO EXTERNO: ATENÇÕES AO BCE

Mercados… Bolsas da Europa operam sem direções muito claras, após sessão mais positivas na Ásia. Nos EUA, S&P futuro opera em alta. O dólar segue mais fraco no exterior, frente a seus principais pares, e commodities registram quedas, em sua maioria. O petróleo (brent) segue na cada dos US$59/barril.

EUA vs China… Segundo Xiaoping Zhang, diretor para a China do Conselho de Exportação de Soja dos EUA, os importadores chineses voltaram a comprar soja dos EUA. Zhang confirmou que foram fechado novos negócios, mas não detalhou os volumes das compras. Mais cedo, a China disse que a última rodada de negociações comerciais com os EUA “estão indo bem”. A notícia serve como alívio aos mercados globais.

Na Inglaterra: o Brexit… A primeira ministra do Reino Unido, Theresa May, ganhou o voto de confiança no Parlamento britânico. O placar foi de 200 votos a favor contra 117 contra. O resultado fortalece May a dar sequência ao processo de saída do Reino Unido da União Européia. A oposição só poderá contestar sua confiança no prazo de 12 meses. Ainda assim, vale notar: May se comprometeu a não se candidatar à reeleição em troca de sua permanência no cargo até o final do mandato. Ou seja: a permanência de May diminui o risco envolvidos em torno do Brexit. A libra esterlina, que vinha perdendo forças nas últimas sessões, já mostra alguma recuperação.

Na Itália: o orçamento… O governo italiano aceitou reduzir sua meta de déficit fiscal para 2019 de 2,40% para 2,04%. Apesar do número estar abaixo do proposto pela Comissão Europeia (isto é, de 1,9%), a redução deve bem recebida nos mercados. A medida será analisada nesta tarde, e poderemos ver continuidade ao processo de validação do plano orçamentário Italiano.

Nos EUA, todos atentos à inflação… A inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) está em 2,2% no acumulado em 12 meses, até novembro. Ficou dentro do esperado pelo mercado. Considerando o “núcleo” da inflação – ou seja, desconsiderando preços de energia e alimentação, que detêm maior volatilidade –, a inflação também permaneceu em 2,2%, em linha com as expectativas. Os dados da inflação dos EUA não empolgam; e, sinalizam uma econima americana em crescimento moderado, sem pressões inflacionárias. O indicador continuará a ser importante de monitorar, sempre de olho nos próximos passos do Fed.

Agenda de hoje… No front macro, destaque para a reunião do BC europeu (decisões às 10h45; e conferência de Mario Draghi, às 11h30). Draghi já sinalizou que possíveis altas nas taxas de juros ocorreria “pelo menos até o verão de 2019”. Vale notar: o mercado projeta o próximo aumento apenas no 1º tri de 2020. Além disso, na agenda, nos EUA, alguns dados às 11h30: (1) pedidos de auxílio desemprego; e (2) orçamento mensal.


BRASIL: BC MANTÉM SELIC

Sobre o COPOM – Parte I… A Selic continuou estável, em 6,50%, em linha com o esperado. No curto prazo, o nosso cenário-base é de manutenção desta taxa por mais tempo. A princípio, não vemos o processo de normalização de Selic iniciando nesse 1º semestre de 2019. Mas vale dar atenção ao comunicado do BC: o Copom destacou uma os dados de inflação em seu “balanço de riscos”. A avaliação é que aumentou o risco de que a ociosidade da economia leve a inflação para trajetória abaixo do esperado. O colegiado também entende que arrefeceu o risco desfavorável de uma frustração das expectativas com a continuidade das reformas e dos ajustes à economia.

Sobre o COPOM – Parte II… Dado a “balança de riscos” – especialmente no que diz respeito às questões domésticas; e cenário externo ainda desafiador para emergentes –, o BC manteve o seu grau de liberdade para as próximas reuniões. Ou seja: compromete-se menos com futuras decisões. Isto é algo que manterá a discussão sobre os rumos da Selic no mercado. A premissa básica é que o futuro governo será bem-sucedido em implementar uma relevante Reforma da Previdência Social entre outras medidas.

PSL: novo comando… Após reunião com Bolsonaro, o PSL confirmou a mudança da liderança do partido na Câmara. Eduardo Bolsonaro, filho do presidente eleito, dará lugar ao Delegado Waldir até fevereiro, quando a legenda realiza uma nova eleição. Eduardo não gostou da troca. Mas o fato é que, o caso envolvendo as movimentoações financeiras “atípicas” de um ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro podem trazer ruídos em torno do presidente eleito.

Sobre a cessão onerosa… O Tribunal de Contas da União (TCU) informou que a continuidade da análise da revisão do contrato de cessão onerosa depende ainda dos envios de novos estudos realizados pelo Ministério de Minas e energia (MME) e pelo Conselho Nacional de Política Enegética (CNPE). Ou seja: a sessão onerosa ficou para 2019! O órgão analisa a revisão do contrato desde 2015, mas seus técnicos afirmam que a demora na conclusão se deve à falta de acesso às informações necessárias.

Agenda de hoje… As vendas no varejo de outubro vieram abaixo do esperado. Frente a setembro, as vendas recuaram 0,4%, contra expectativa de manutenção (0,0% m/m). Na comparação com out/17, cresceram 1,9%, dos 2,5% esperados. Desta forma, no ano, o varejo acumula alta de 6,2%. A expectativa era de um crescimento de 7,5% a/a. Além disso: Jair Bolsonaro, presidente eleito, deixa Brasília em direção a SP para exames médicos (8h).

E os mercados hoje? O viés para os mercados locais segue sendo mais positivo (bolsa em alta, e dólar e DIs em baixa, especialmente a parte mais curta da curva). Apesar da alta volatilidade, o quadro internacional volta a ser mais positivo, diante dos avanços comerciais, emenores ruídos políticos em torno de May. Aqui, a reunião do COPOM manteve o grau de liberdade do BC, e segue as discussões em torno dos rumos da Selic. Nosso cenário-base é de manutenção desta taxa por mais tempo. A percepção de risco país, medida pelo CDS de 5 anos, recua, ao redor de 203 pontos base, nesta manhã.

Sobre o fechamento do último pregão:

Ibovespa: +0,65%, aos 86.977 pontos;
Real/Dólar: -1,19%, cotado a R$3,853;
Dólar Index: -0,35%, 97,044;
DI Jan/21: -06 pontos base, 7,750%;
S&P 500: +0,54% aos 2.651 pontos.

Fonte: Bloomberg. Obs.: a taxa de câmbio utilizada é a referência da Bloomberg. *valores referentes à sessão do dia 27/09.


EMPRESAS:

Eletrobras: Justiça ratifica que suspensão de leilões vale para Amazonas Energia
Impacto: Marginalmente Negativo.

Sapore: Se não tiver IMC, Sapore prevê IPO
Impacto: Marginalmente Positivo.

Telefônica: Christian Gebara é o novo CEO da Telefônica
Impacto: Marginalmente Positivo.

Proventos
Impacto: Cunho Informativo.

Rafael Passos – Equipe Econômica


Jornais:

Folha de São Paulo
– Bolsonaro diz que é preciso afrouxar lei trabalhista
– Ministério Público pede a prisão de João de Deus
– Taxa Selic caminha para maior período em baixa histórica
– Fux derruba liminar, e multa na tabela do frete volta a valer

O Estado de São Paulo
– Moro quer penas mais duras para crimes de corrupção
– “Se algo estiver errado, que paguemos”, diz Bolsonaro
– João de Deus reaparece e se diz inocente; MP pede prisão
– Presidente eleito defende lei trabalhista menos rígida

O Globo
– MP de Goiás pede prisão de João de Deus
– Bolsonaro sobre filho: “Se tiver algo errado, que paguemos a conta”
– Prefeitura ameaça acionar Caixa por calote no Porto
– Futuro governo quer mudar tabela do frete

Valor Econômico
– Crédito rural mais baratos já tem certas linhas esgotadas
– Merkel: acordo fica mais difícil com Bolsonaro
– Setor de gás e energia está otimista com novo governo
– Crivella sonha com megaprojetos

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Rafael Gad
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Victor Candido
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“Este relatório foi elaborado pela Guide Investimentos S.A. Corretora de Valores, para uso exclusivo e intransferível de seu destinatário. Este relatório não pode ser reproduzido ou distribuído a qualquer pessoa sem a expressa autorização da Guide Investimentos S.A. Corretora de Valores. Este relatório é baseado em informações disponíveis ao público. As informações aqui contidas não representam garantia de veracidade das informações prestadas ou julgamento sobre a qualidade das mesmas e não devem ser consideradas como tal. Este relatório não representa uma oferta de compra ou venda ou solicitação de compra ou venda de qualquer ativo. Investir em ações envolve riscos. Este relatório não contêm todas as informações relevantes sobre a Companhias citadas. Sendo assim, o relatório não consiste e não deve ser visto como, uma representação ou garantia quanto à integridade, precisão e credibilidade da informação nele contida. Os destinatários devem, portanto, desenvolver suas próprias análises e estratégias de investimentos. Os investimentos em ações ou em estratégias de derivativos de ações guardam volatilidade intrinsecamente alta, podendo acarretar fortes prejuízos e devem ser utilizados apenas por investidores experientes e cientes de seus riscos. Os ativos e instrumentos financeiros referidos neste relatório podem não ser adequados a todos os investidores. Este relatório não leva em consideração os objetivos de investimento, a situação financeira ou as necessidades específicas de cada investidor. Investimentos em ações representam riscos elevados e sua rentabilidade passada não assegura rentabilidade futura. Informações sobre quaisquer sociedades, valores mobiliários ou outros instrumentos financeiros objeto desta análise podem ser obtidas mediante solicitações. A informação contida neste documento está sujeita a alterações sem aviso prévio, não havendo nenhuma garantia quanto à exatidão de tal informação. A Guide Investimentos S.A. Corretora de Valores ou seus analistas não aceitam qualquer responsabilidade por qualquer perda decorrente do uso deste documento ou de seu conteúdo. Ao aceitar este documento, concorda-se com as presentes limitações.Os analistas responsáveis pela elaboração deste relatório declaram, nos termos do artigo 21 da Instrução CVM nº.598/2018, que: (I) Quaisquer recomendações contidas neste relatório refletem única e exclusivamente as suas opiniões pessoais e foram elaboradas de forma independente, inclusive em relação à Guide Investimentos S.A. Corretora de Valores.“
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