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Mercados por TradingView

Compliance: o que é e por que ele é importante para os investidores?

3 de março de 2023
Escrito por Guide Investimentos
Tempo de leitura: 8 min
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No mercado financeiro, existem diversos termos que não são comuns às pessoas sem envolvimento com ele. Por esse motivo, quem está iniciando a sua jornada no mundo dos investimentos pode não saber todas as expressões utilizadas nesse meio.

É o caso da palavra compliance, você sabe o que ela significa? Entender esse conceito é fundamental para que o investidor faça melhores escolhas, especialmente, no mercado acionário. Por isso, você não deve deixar de compreender o significado desse termo.

Ficou interessado em saber o que é compliance? Então acompanhe a leitura e saiba mais detalhes sobre o conceito e a sua importância para o investidor!

O que é o compliance e quais são seus objetivos?

A palavra compliance é oriunda do verbo da língua inglesa comply — que, por sua vez, está relacionado aos atos de cumprir, consentir e obedecer. Dessa maneira, o termo significa estar em conformidade ou observância de normas e obrigações.

O compliance envolve um conjunto de atividades e mecanismos que atuam para garantir o cumprimento das boas práticas do mercado, além das obrigações legais. Desse modo, ele tem como objetivo fazer com que as empresas estejam alinhadas às exigências das instituições reguladoras.

Ele também está diretamente relacionado à governança corporativa — um sistema de regras e práticas que guiam as decisões da empresa. Essas condutas visam oferecer transparência e equidade aos stakeholders. Eles são os interessados na empresa, como colaboradores, parceiros e investidores.

Além disso, a governança corporativa inclui a responsabilidade corporativa e a prestação de contas. Portanto, atender às normas de compliance é uma forma de alcançar um bom nível de governança e se destacar no mercado.

Quais são as principais práticas do compliance?

Ao saber o que é compliance, você pode ter curiosidade para descobrir as principais práticas desse sistema. Afinal, ele pode melhorar a governança corporativa de uma empresa, o que é especialmente atrativo para os investidores.

As práticas de compliance envolvem 3 principais pilares: a prevenção, a identificação e a correção. Entenda o que cada um deles representa!

Prevenção

A prevenção, como o nome indica, visa prevenir que os problemas aconteçam. Para estruturar esse pilar, a empresa deve elaborar um código de conduta e aplicá-lo em sua cultura. Assim, todos os colaboradores podem estar cientes de como agir para honrar as normas e as obrigações.

Identificação

Essa parte se refere às buscas por falhas que podem pôr em risco o cumprimento das boas práticas de compliance, como discrepâncias e desvios. É comum que a empresa disponibilize um canal para que os interessados façam as denúncias e ajudem a identificar problemas.

Correção

Já na área de correção, os erros apontados nas denúncias devem ser corrigidos. Para isso, são aplicadas medidas disciplinares aos responsáveis pelas más condutas, por exemplo. Ademais, é necessário realizar as melhorias para estreitar a margem para as falhas.

Cabe ressaltar que um programa de compliance eficaz deve incluir um responsável pelo seu gerenciamento. Ele é chamado de compliance officer. Esse profissional fica encarregado de elaborar um sistema de gestão de risco, um código de conduta e as políticas disciplinares.

Quais são as áreas do compliance em uma empresa?

Além de entender as principais práticas de compliance, você deve saber quais são as áreas em que esse sistema pode ser aplicado em uma empresa. Desse modo, fica mais fácil entender como ele funciona.

Confira!

Gestão de risco

Na gestão de risco, o compliance atua na identificação dos perigos que cercam o negócio. Ao conhecê-los, a empresa pode tomar medidas para minimizar essas ameaças e resolver os problemas causados por elas, se for o caso.

Gestão de Processos

Já na gestão de processos, o compliance garante que os procedimentos e operações realizados na empresa estão em conformidade com as normas ou práticas que devem ser seguidas.  

Para isso, o compliance define as boas práticas e as métricas que devem ser utilizadas para acompanhar o desempenho do trabalho. Consequentemente, é possível evitar problemas futuros.

Governança corporativa

Como você viu, o compliance está intimamente relacionado à governança corporativa. Nesse caso, as condutas visam facilitar a comunicação e aumentar a transparência com os stakeholders. Com essa postura, a empresa pretende conquistar a confiança do mercado.

Quais são os benefícios do compliance para empresas?

Antes de saber a importância do compliance para os investidores, é preciso conhecer os benefícios do sistema para as empresas.

Para começar, o compliance ajuda a companhia a se manter em dia com as suas obrigações legais e, até mesmo, morais e éticas. Logo, a empresa terá condições de evitar problemas que o não cumprimento das leis e das boas práticas do mercado podem gerar.

Além disso, as boas práticas levam à redução de custos e despesas relacionados aos erros e desvios causados pelas más condutas. Com esse fator, pode haver o aumento da lucratividade da empresa, o que é interessante para a sua valorização, crescimento e reputação no mercado.

Por fim, vale a pena ressaltar que a aplicação do compliance melhora a imagem da companhia no mercado, que passa a ser vista como transparente e confiável. Então o negócio pode atrair mais investidores.

Qual é a sua importância para investidor?

Agora que você sabe mais detalhes sobre o compliance e os benefícios que ele traz para a empresa, é o momento de descobrir a importância dele para o investidor. Ao entender esse ponto, você perceberá como as boas práticas devem ser consideradas ao investir.

Entenda mais detalhes sobre o tema!

Maior confiança na empresa

Como você viu, o compliance contribui para um maior nível de governança corporativa e, com isso, para a transparência e a confiabilidade da empresa. Afinal, com ele, a companhia tem menos riscos de enfrentar problemas com a fiscalização e com escândalos de corrupção, por exemplo.

Desse modo, a organização passa maior credibilidade para o mercado, o que é uma qualidade desejável para o investidor. Isso acontece porque, quanto maior é a integridade da empresa, menor é a chance de desvalorização das ações por conta de crises relacionadas a problemas como corrupção e a sonegação de impostos.

Valorização perante a concorrência

Já vimos que a aplicação do compliance pode significar uma vantagem competitiva para a empresa. Porém, a medida também beneficia os investidores que buscam por organizações mais confiáveis na hora de investir.

Com as boas práticas de compliance somadas a bons resultados, as ações da companhia podem se valorizar devido à maior procura por elas no mercado.

Maior transparência

A transparência é uma qualidade central em uma empresa, já que representa uma comunicação aberta e sincera entre os stakeholders. Ademais, ela envolve uma cultura em que as informações relevantes podem ser compartilhadas, o que evita fraudes e corrupção.

Sendo o compliance um meio de alcançar a transparência necessária, ele ajuda o investidor a avaliar se a companhia fornece os principais dados de maneira confiável. A partir desses dados, suas escolhas podem se tornar mais conscientes e baseadas em informações concretas.

Maior potencial de retorno

Com todos esses benefícios gerados pelo compliance, as ações das empresas que adotam essas boas práticas podem apresentar maior potencial de valorização. Consequentemente, o retorno também tende a ser maior.

Contudo, tenha em mente que somente essa questão não é suficiente para garantir resultados, já que na renda variável não há garantia de lucros. Portanto, é preciso avaliar outras questões antes de investir, fazendo uma boa análise fundamentalista para embasar a sua decisão.

Quais instituições garantem o compliance no mercado financeiro?

Existem diversas instituições brasileiras que atuam para garantir o compliance no mercado financeiro e proteger investidores e outros interessados. Ao conhecê-las, você pode entender como elas atuam para estimular e fiscalizar as boas condutas que favorecem os investidores.

No Brasil, o Sistema Financeiro Nacional (SFN) é formado por diversas entidades, dentre elas algumas que têm a função de regulação das boas práticas de compliance das operações de compra de ativos. Ele é composto por um conjunto de órgãos comandado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), como:

  • Banco Central do Brasil (Bacen): é o órgão executivo central do sistema financeiro. Assim, ele atua como agente executor de políticas monetária e cambial, além de disciplinador e fiscalizador do mercado financeiro;
  • Comissão de Valores Mobiliários (CVM): atua na habilitação de empresas e instituições que desejam oferecer investimentos no Brasil e fiscaliza os profissionais do mercado financeiro;
  • Superintendência de Seguros privados (Susep): é responsável pela fiscalização dos produtos de seguro, Previdência Privada aberta e capitalização;
  • Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc): fiscaliza os produtos de Previdência Privada fechada e os fundos de pensão;
  • Brasil, Bolsa, Balcão (B3): é a bolsa de valores brasileira, que atua registrando e fiscalizando os investimentos de renda fixa e renda variável;
  • Tesouro Nacional: responsável por organizar as ofertas dos títulos públicos federais;
  • Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA): determina regras para regulação de empresas que participam do mercado financeiro, como bancos múltiplos que oferecem investimentos, corretoras e bancos de investimentos.

Neste post, você descobriu o que é compliance e por que ele é tão importante para os investidores. Agora, é possível analisar melhor as ações antes de investir e fazer escolhas mais conscientes e alinhadas ao seu propósito!

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