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Mercados por TradingView

Como fazer a conversão de dólar para real?

28 de março de 2024
Escrito por Guide Investimentos
Tempo de leitura: 9 min
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ilustração do símbolo de reciclagem com notas de dinheiro no meio

Quem quer fazer uma viagem internacional, transferir valores para o exterior ou investir diretamente em alternativas dos Estados Unidos precisa fazer a conversão de dólar para real. Esse câmbio segue diversas regras legais e fiscais para ser realizado de forma correta.

Portanto, entender como fazer a conversão, quais taxas e impostos são aplicados e outras normas exigidas é essencial. Assim, você consegue efetuar análises mais precisas e avaliar a viabilidade desse procedimento no seu dia a dia — inclusive ao investir.

A seguir, você aprenderá quando é necessário converter dólar para real, como é feita a cotação e o que considerar nesse processo. Não perca!

Quando é preciso fazer a conversão entre dólar e real?

A conversão entre as moedas precisa ser feita em diversas situações, o que envolve o câmbio. Um exemplo é quando se utiliza a moeda norte-americana para transações comerciais ou investimentos. A medida pode ser necessária tanto em viagens ao exterior quanto no próprio Brasil.

Usar reais para comprar dólares é útil quando você precisar da moeda norte-americana como forma de pagamento, seja para custear serviços ou aportar em oportunidades do exterior, por exemplo. Vale destacar que isso independe do meio de pagamento — via cartão, transação bancária, entre outros.

Além disso, é preciso entender que o dólar é uma das moedas mais utilizadas no mundo. Então, mesmo quando os Estados Unidos não estão diretamente ligados às negociações, a conversão pode ser relevante.

Por exemplo, importadores e exportadores de diversos países podem usar o dólar como a moeda-padrão. Isso facilita as transações, tendo em vista que se utiliza uma moeda cotada mundialmente para se tornar o parâmetro das operações.

Ademais, fazer a conversão de dólar para real pode ser importante quando você tem custos ou investimentos na moeda norte-americana e quer entender quanto eles representam na nossa. Portanto, o câmbio entre as duas pode ser bastante presente.

Como é feita a cotação do dólar para real?

Agora que você já sabe quando é necessário fazer a conversão de dólar para real ou o contrário, é preciso entender a cotação da moeda estrangeira. Nesse sentido, a taxa de câmbio é derivada da diferença de preços entre as duas moedas.

Vale saber que o dólar não tem um preço determinado. Como o Brasil adota o câmbio flutuante, ocorrem oscilações com a cotação da moeda a todo momento. A principal influência em relação a esses movimentos é a lei da oferta e demanda.

Ou seja, quando há muitos dólares no Brasil — por meio de investimentos e aplicações estrangeiras, ou mesmo por ações do Banco Central —, seu preço costuma cair. Por outro lado, quando a quantidade de dólares é menor no país, a cotação tende a subir.

Assim, o preço da moeda se baseia na taxa de câmbio. Ela demonstra quantos reais são necessários para comprar um dólar. Logo, quando há uma notícia de que o dólar está a R$ 5, por exemplo, isso significa que é necessário ter R$ 5 para comprar US$ 1.

Ainda, é preciso considerar as diferenças entre o dólar comercial e o dólar turismo. Essas duas modalidades têm cotações diferentes, principalmente por conta do volume de transações utilizando cada uma delas.

O câmbio comercial é usado para remessa internacional, instituições financeiras e bolsa de valores. Já o dólar turismo é aquele comprado e vendido, normalmente, a pessoas físicas, por meio de casas de câmbio ou transações internacionais.

O que é preciso considerar além do preço da moeda?

Compreendendo como ocorre a cotação do dólar, também é necessário descobrir o que mais você precisa saber sobre o preço da moeda. Para ajudar, considere com atenção as informações que você verá a seguir.

Primeiramente, a cotação do dólar para se fazer a conversão é divulgada pelos mais diversos meios, como o site do Banco Central ou as instituições financeiras. A conta básica para a conversão utiliza apenas o preço da moeda, conhecido como taxa de câmbio.

Para chegar ao resultado, basta multiplicar o valor total em dólares pela sua cotação — e, assim, se fará a conversão para o real. Por exemplo, se o dólar turismo está cotado em R$ 5, o montante de US$ 7.000 valeria R$ 35.000.

Mas existem outras considerações a se fazer na prática. Isso porque incidem impostos e taxas na conversão — afetando a quantidade de dólares que você pode receber.

Confira os principais pontos!

Spread

O spread é uma taxa que instituições ou casas de câmbio cobram de quem deseja converter moedas. Ela diz respeito à diferença entre o valor que elas pagaram no dólar no momento da compra e o que utilizam para a venda.

Por isso, o spread serve como uma margem de lucro da instituição que faz a conversão para o cliente. Cada uma delas adota regras e valores diferentes, sendo necessário pesquisar para entender as opções caso a caso.

Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)

A conversão de dólar para real está sujeita ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Quando a moeda é comprada em espécie, a alíquota é de 1,1% do valor total. Já em transferências internacionais, ela é de 0,38% sobre o montante.

Por fim, quando a conversão é realizada pelo cartão de crédito ou de débito, como um pagamento internacional, a alíquota era de 4,38% em 2024.

Como é possível investir no exterior sem precisar lidar com o câmbio?

Muitas pessoas se interessam em diversificar os investimentos internacionalmente. Mas, como vimos, qualquer transação que envolva outra moeda demanda realizar a burocracia do câmbio e ter os custos dessa operação.

Isso é o que acontece com investimentos diretos nos EUA por instituições estrangeiras. Contudo, existem meios de investir no exterior sem ter que lidar com essa burocracia e as cobranças.

Confira a seguir as principais alternativas!

BDRs

Os brazilian depositary receipts (BDRs) são certificados de depósitos de valores mobiliários negociados na bolsa de valores brasileira, a B3. Eles são lastreados em ativos internacionais, como ações, títulos (bonds) e cotas de fundos.

ETFs

ETFs, ou exchange traded funds, são um tipo de fundo de investimento cujo objetivo é replicar os resultados de um índice financeiro. O índice escolhido por fundos brasileiros pode ser de mercados internacionais, como o S&P500 — composto pelas 500 principais ações de bolsas americanas.

Fundos internacionais

Já os fundos internacionais são fundos de investimentos que alocam sua carteira, principalmente, em ativos ou títulos internacionais. A diferença para os ETFs é que, nesse caso, o objetivo não é replicar a composição da carteira teórica de um índice, podendo ter composições diversas.

O que influencia na alta ou queda do dólar?

Além dos aspectos vistos até aqui, compreender o que impacta a valorização ou desvalorização da moeda frente ao real é crucial para quem realiza operações de câmbio. Esse conhecimento também é importante para quem investe no mercado financeiro ou simplesmente deseja entender melhor essa dinâmica.

A cotação do dólar é influenciada por uma série de fatores, que podem ser internos — relacionados à economia brasileira — ou externos, ligados ao cenário internacional.

Entenda os principais aspectos que afetam essas flutuações!

Política econômica

Decisões do Governo brasileiro, como alterações na taxa Selic, podem influenciar o fluxo de capital estrangeiro, afetando a demanda pela moeda americana. Uma taxa de juros mais alta pode atrair investidores estrangeiros em busca de maiores rendimentos, fortalecendo o real ante o dólar.

Situação fiscal

A saúde fiscal do país, incluindo déficits orçamentários e a dívida pública, também impacta a confiança dos investidores. Por exemplo, uma percepção de risco fiscal pode levar à fuga de capitais estrangeiros, depreciando o real.

Estabilidade política

A estabilidade ou instabilidade política pode afetar diretamente o apetite dos investidores pelo risco, influenciando a entrada ou saída de dólares do país. Além disso, períodos de incerteza levam a uma volatilidade no mercado de câmbio, com reflexos diretos na cotação do dólar em relação ao real.

Política monetária dos EUA

Decisões do Federal Reserve (Fed), como alterações nas taxas de juros americanas, são outro fator que influencia de forma direta o preço do dólar em relação a outras moedas. Nesse caso, juros mais altos nos EUA podem fortalecer o dólar globalmente.

Cenário econômico global

Crises econômicas, como a de 2008, ou pandemias, como a de covid-19, podem alterar drasticamente o fluxo de capitais, com investidores buscando segurança no dólar, considerado um porto seguro. Outros fatores incluem a recuperação econômica de países-chave e as tensões geopolíticas.

Comércio internacional

A balança comercial dos EUA, incluindo exportações e importações, também influi na demanda pela moeda americana. Um déficit comercial, por exemplo, tende a provocar a desvalorização do dólar, enquanto um superávit geralmente o valoriza.

Expectativas de mercado

As expectativas dos investidores em relação à economia global e à política monetária dos principais bancos centrais também costumam provocar movimentações antecipadas no mercado de câmbio. Com isso, ele oscila devido à busca de segurança ou de oportunidades de ganho.

Operações de swap cambial

A oferta de swap cambial, que funciona como uma venda de dólares no mercado futuro, é outro aspecto importante. Essas ações do Banco Central do Brasil são usadas para conter a volatilidade do câmbio e manter uma certa estabilidade.

Fluxos de investimento direto

Esses fluxos aumentam a quantidade de dólares no Brasil, fortalecendo o real ao incentivar a conversão de moeda para aportes em empresas e infraestrutura. O movimento reflete confiança na economia local, impactando positivamente a dinâmica do câmbio e o desenvolvimento econômico.

Como você viu, fazer a conversão entre dólar e real é necessário em diversos momentos. Mas, nos investimentos, ela traz custos e envolve burocracia. Assim, conforme seu perfil de investidor e objetivos financeiros, vale a pena considerar as alternativas nacionais que permitem a exposição ao dólar por meio da B3.

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