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Um dos maiores atrativos dos fundos de investimento imobiliário (FIIs) é a distribuição de dividendos mensais livres de imposto de renda para o investidor pessoa física.
Isso faz com que os FIIs sejam considerados uma das melhores alternativas para aqueles que buscam uma renda passiva ou estão em processo de construção de patrimônio.
Mas calma, antes de tomar qualquer decisão utilizando como métrica apenas os melhores dividendos, continue a leitura deste material e entenda como os fundos imobiliários podem compor a sua carteira de investimentos.
Confira como abordaremos este assunto:
Relembre rapidamente o que são os fundos imobiliários (FIIs)?
Como funciona o pagamento de dividendos de fundos imobiliários?
Como saber quanto um FII paga de dividendos?
Quanto tempo demora para receber dividendos de fundos imobiliários?
O que paga mais dividendos: ações ou FIIs?
Veja os FIIS que mais pagaram dividendos em 2023
Fundos Imobiliários ainda são um bom investimento?
O recebimento de dividendos é a maneira correta de escolher um investimento?
Considerações sobre os fundos imobiliários que pagam os melhores dividendos
Ao término deste conteúdo, esperamos que você conheça melhor os fundos imobiliários e como eles podem contribuir com o desempenho do seu portfólio.
Os fundos de investimentos imobiliários (FIIs) equivalem a um condomínio de investidores que aplicam os seus recursos em empreendimentos imobiliários, cujas cotas são negociadas na bolsa de valores, a B3.
Em geral, os investimentos são direcionados à construção ou aquisição de imóveis para locação, arrendamento, venda ou ativos relacionados, e o lucro dessas operações é dividido entre os cotistas do fundo proporcionalmente a sua participação.
As decisões de como e onde investir o patrimônio de um fundo imobiliário são tomadas por um gestor, com base na política de investimento e de uma série de regras preestabelecidas. Em outras palavras, ele é o responsável pela manutenção e bom funcionamento do fundo.
A composição da carteira dos FIIs faz com que eles se classifiquem como:
Por lei, a distribuição de dividendos deve ser de pelo menos 95% dos lucros e, no mínimo, uma vez a cada semestre. No entanto, é prática comum aos fundos de investimentos imobiliários o pagamento mensal de rendimentos.
Os FIIs obtêm a renda a partir dos negócios gerados, sejam eles incorporação, venda ou aluguel. Logo, a desocupação de um imóvel pode impactar, mesmo que transitório, o seu rendimento e também o valor da cota.
Por este motivo, antes de começar a investir nos fundos imobiliários é preciso realizar uma análise qualitativa da gestão, dos ativos que compõem a sua carteira e a expectativa de geração de renda.
O dividend yield (DY) é o indicador que mede a rentabilidade dos dividendos em relação ao valor da cota do fundo. Através dele é possível estimar quanto um fundo imobiliário pagará de dividendos e saber se o valor é atrativo ou não.
Para encontrá-lo é preciso observar a relação entre os últimos 12 meses de rendimentos do fundo e o preço que o ativo é negociado no mercado. Uma alternativa fácil e rápida para calculá-lo é utilizando a seguinte fórmula:
Dividend Yield = (soma dos rendimentos dos últimos 12 meses / preço atual da cota) x 100.
Atenção: não é recomendável a utilização isolada do DY, uma vez que a fórmula entrega apenas uma razão entre os valores.
Por exemplo, um fundo imobiliário pode apresentar um dividend yield alto apenas por ter sofrido uma desvalorização em suas cotas nos últimos 12 meses. Por isso, é preciso ter muita atenção nesse ponto.
Para começar a receber dividendos, o investidor precisa ter adquirido as cotas dos fundos até a data-base de distribuição dos rendimentos estabelecida pelo fundo. Ela costuma ser no último dia útil do mês.
Caso a compra das cotas seja realizada no dia seguinte a esta data, ou seja, na “data ex”, o investidor não participará desta rodada de recebimento.
A distribuição de proventos é normalmente realizada no dia 15 do mês seguinte e o pagamento é feito diretamente na conta investimento em que estão custodiadas as suas cotas.
Vale lembrar que os dividendos são isentos de imposto de renda, o que faz com que eles sejam considerados uma das melhores alternativas para complemento de renda.
Os fundos imobiliários podem proporcionar rendimentos mais atrativos do que as ações. Por outro lado, o potencial de valorização das ações no longo prazo pode ser muito maior que o das cotas dos fundos.
Ao contrário dos FIIs, as empresas com ações listadas na bolsa de valores podem distribuir apenas parte dos seus lucros e utilizar o restante para investir em projetos de expansão. O que naturalmente reflete nos dividendos distribuídos.
Apesar de ambos serem ativos de renda variável, as ações e os fundos imobiliários são ativos de classes e características distintas. Assim, independentemente de quem paga mais dividendos, esses ativos são complementares em uma carteira de investimentos.
Em 2023, muitos FIIs apresentaram dividend yield acima do CDI. A seguir, confira os 10 fundos imobiliários que pagaram os melhores dividendos até o momento.
FUNDO IMOBILIÁRIO | TICKER NA B3 | DIVIDEND YIELD (COTAÇÃO FINAL) ATÉ 30/11/2023 |
RIZA AKIN FII | RZAK11 | 16,05% |
KILIMA VOLKANO RECEBÍVEIS IMOBILIÁRIOS FII | KIVO11 | 16,00% |
MOGNO HOTÉIS FII | MGHT11 | 15,95% |
CARTESIA RECEBÍVEIS IMOBILIÁRIOS FII | CACR11 | 15,51% |
JPP CAPITAL RECEBÍVEIS IMOBILIÁRIOS FII | JPPA11 | 15,04% |
LIFE CAPITAL PARTNERS FII | LIFE11 | 14,87% |
HABITAT RECEBÍVEIS PULVERIZADOS FII | HABT11 | 14,30% |
RBR PLUS MULTIESTRATÉGIA REAL ESTATE FII | RBRX11 | 14,21% |
MORE RECEBÍVEIS IMOBILIÁRIOS FII | MORC11 | 14,06% |
VALORA CRI CDI FII | VGIR11 | 13,89% |
Fonte: Quantum Axis (Na análise foram considerados apenas FIIs negociados na B3 que apresentaram liquidez e dividendos até 30/11/2023). |
Os FIIs são considerados bons investimentos, independentemente do cenário econômico. Eles oferecem liquidez, administração profissional, baixo valor de entrada e ainda contam com dividendos isentos de imposto de renda para o investidor pessoa física.
Contudo, esses ativos de renda variável são recomendados para aqueles com horizonte de investimento de médio a longo prazo e perfil de risco mais arrojado, tendo em vista que as suas cotas são negociadas na bolsa de valores.
Além disso, os FIIs são sensíveis às flutuações da taxa básica de juros. Em períodos de alta da Selic é comum que eles oscilem e deixe alguns investidores preocupados.
O que nem todos sabem é que os fundos imobiliários utilizam como parâmetro de avaliação os títulos públicos de longo prazo e não a taxa de juros. Isso ocorre por serem ativos que precisam de tempo para desenvolver seus empreendimentos.
Os fundos de papel, por exemplo, tendem a se beneficiar com a alta dos juros, afinal a principal fonte de renda desse tipo de FII tem seu preço reajustado pelos juros de mercado.
Já os fundos de tijolo podem sofrer no curto prazo uma vez que a tendência nesse cenário é que o número de novos imóveis no mercado diminua.
Normalmente, os investidores que priorizam aplicar seus recursos em ativos bons pagadores de dividendos buscam o recebimento de juros constantes, que funcionem como uma renda extra mensal.
Mas atenção: essa não deve ser a única premissa a ser considerada em uma análise de investimento. Ao adotar diferentes estratégias, a rentabilidade final tende a ser melhor, visto que foram utilizadas para objetivos distintos.
Através de uma carteira diversificada, o investidor consegue ganhar tanto com a valorização do ativo quanto com o recebimento de dividendos isentos de IR, além de mitigar os riscos e passar por períodos de estresse do mercado com mais segurança.
Investir em FIIs é uma boa opção para aqueles que têm interesse no mercado imobiliário e que buscam uma renda mensal.
De qualquer forma, o investidor não deve fazer suas escolhas baseadas somente na distribuição de dividendos ou no desempenho apresentado em um determinado período. Afinal, rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura.
Portanto, antes de aplicar, analise cada um dos fundos, sua composição, gestores e os riscos dos ativos que compõem esse investimento, como o risco de mercado e o risco de liquidez, especialmente quando as suas cotas são negociadas no mercado secundário.
Ter uma carteira diversificada de fundos imobiliários é importante para mitigar os riscos e ainda aproveitar os diferentes tipos de FIIs disponíveis no mercado financeiro.
Agora que você já sabe que os fundos imobiliários pagam bons dividendos, aproveite para conhecer o serviço de assessoria wealth management da Guide. Abra a sua conta e invista com quem te entende!
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