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Mercados por TradingView

Quanto está o CDI hoje? Saiba como acompanhar as variações do índice

27 de março de 2024
Escrito por Guide Investimentos
Tempo de leitura: 9 min
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Acompanhar os indicadores financeiros e de preços é fundamental para quem investe ou deseja investir. Por isso, você sabe quanto está o CDI hoje? Como esse índice é um dos mais conhecidos no mercado financeiro, é importante acompanhar as suas variações.

Isso é relevante principalmente para quem investe em renda fixa com rendimento atrelado ao índice, que pode mudar constantemente. Assim, ao conhecê-lo, você terá mais informações para compreender as suas oscilações e traçar as suas estratégias de investimento.

Você ficou interessado em saber quanto está o CDI e como funciona esse indicador? Continue a leitura deste conteúdo e aprenda mais sobre o tema!

O que é CDI?

CDI é a sigla para Certificado de Depósito Interbancário. Porém, além de ser um índice, o termo pode ser usado para se referir a títulos de curtíssimo prazo — com vencimento em um dia — negociados entre bancos, como uma forma de empréstimo institucional.

A ideia é manter o saldo do caixa positivo ao final do dia, tendo em vista que essa é uma exigência do Banco Central (Bacen). Vale saber que o CDI foi criado ainda na década de 1980, quando o Brasil passava por um cenário de hiperinflação.

Foi nessa época que o Bacen definiu que os bancos brasileiros não poderiam fechar o dia com saldo negativo. O CDI, então, começou a ser utilizado para operacionalizar a movimentação de valores entre as instituições.

O seu objetivo era proteger as instituições e o próprio sistema financeiro brasileiro da instabilidade causada pela inflação descontrolada. Imagine o seguinte cenário: uma instituição financeira terminará o dia com caixa negativo, já que ocorreram mais saques do que depósitos no período.

Para evitar essa situação, ela emite um CDI para outro banco credor, lastreando a operação de crédito. Com isso, há uma captação de recursos, sendo que a devolução de valores será efetuada no próximo dia. Como você deve imaginar, há cobrança de juros nessa operação.

Nesse processo, o banco que emite o certificado cobrará uma remuneração pelo empréstimo, que dá origem à taxa do CDI, ou taxa DI.

Como o CDI é calculado?

Você viu que os juros aplicados ao CDI formam a taxa DI. O cálculo é realizado pela B3, a bolsa de valores brasileira. Isso acontece porque o registro e a liquidação das operações realizadas com os CDIs ocorrem na Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos Privados (Cetip).

Nesse sentido, a taxa DI é a média dos juros cobrados entre os bancos nos CDIs com prazo de 1 dia útil. Ela é divulgada todos os dias e é um dos principais indicadores do mercado.

A metodologia para o cálculo considera duas condições que devem ser cumpridas ao mesmo tempo. São elas:

  • soma das operações realizadas deve ser superior a R$ 30 bilhões;
  • número de empréstimos interbancários igual ou maior que 100 em um dia.

Se ambas as condições forem cumpridas, a B3 calcula a média de todos os juros cobrados em CDIs realizados naquele dia. Contudo, caso um desses requisitos não seja cumprido, a taxa DI será igual à Selic Over — que é obtida pela média dos juros das transações interbancárias lastreadas em títulos públicos.

Vale saber que é comum que a divulgação da taxa DI ocorra como um percentual mensal. No caso, são utilizados os resultados para compor o índice.

Quanto está o CDI hoje?

Como foi possível perceber, a taxa DI é calculada pela B3 e varia constantemente. Caso você tenha interesse, há a possibilidade de acompanhar as variações do índice pelo site oficial da instituição.

A página também disponibiliza gráficos e séries históricas do indicador. Por exemplo, o valor do CDI em março de 2024 era de 10,65%. Ao acompanhar o índice no site da B3, você poderá saber quanto está o CDI hoje e entender melhor esse índice fundamental para o mercado brasileiro.

Além disso, será possível utilizar o CDI como um benchmark para avaliar os seus investimentos e encontrar eventuais oportunidades.

Por que o CDI varia constantemente?

Você já deve ter percebido que a taxa DI varia com frequência, não é mesmo? Isso acontece porque os Certificados de Depósito Interbancários não têm sempre os mesmos juros.

Como você aprendeu no cálculo do CDI, o resultado é a média dos juros utilizados pelas instituições financeiras em empréstimos de um dia entre si. É bastante comum que essa taxa de juros fique próxima à Selic — especificamente, a Selic Meta.

Ela representa os juros básicos da economia brasileira e é definida pelo Comitê de Políticas Monetárias (Copom) do Bacen a cada 45 dias. Dessa maneira, ela serve como um balizador das linhas de crédito no Brasil.

Os empréstimos entre bancos também utilizam a Selic para basear as operações. Por isso, o CDI pode sofrer variações a partir das mudanças da taxa básica de juros.

Quais fatores econômicos influenciam as variações desse índice?

Após entender os motivos pelos quais o CDI varia com constância, chegou a hora de saber quais fatores econômicos podem influenciar esse índice. Veja só!

Selic

O CDI tende a acompanhar de perto a taxa básica de juros da economia brasileira, que é a taxa Selic, como você viu. Quando o Banco Central aumenta a Selic para conter a inflação, o CDI também costuma subir, e vice-versa.

Oferta e demanda por crédito

Se houver maior demanda por crédito entre os bancos, o CDI tende a subir, pois eles disputam os recursos disponíveis no mercado interbancário, elevando os juros. Da mesma forma, se a oferta de crédito aumentar, o CDI pode cair.

Risco de crédito

A percepção de risco dos bancos ao emprestarem dinheiro uns aos outros também pode afetar o CDI. Se eles considerarem que há um aumento no risco de inadimplência entre si, as instituições podem elevar as taxas de juros interbancárias, ampliando o CDI.

Cenário internacional

Fatores externos, como taxas de juros em outros países, instabilidade econômica global e variações cambiais também podem influenciar o CDI. Isso ocorre principalmente em uma economia globalizada.

Como o índice é utilizado no mercado financeiro?

Como você aprendeu, o CDI é um dos índices mais importantes do mercado financeiro brasileiro. Isso acontece porque ele fica próximo à taxa Selic, além de servir como parâmetro para diversos investimentos.

Ao contrário do que muitos pensam, não é possível investir no CDI, pois ele não é um título de renda fixa disponível no mercado aos investidores. Ele é utilizado apenas entre as instituições financeiras. Já a taxa DI é apenas uma representação dos juros cobrados nas negociações de curtíssimo prazo entre instituições financeiras.

No entanto, diversos títulos de renda fixa têm a rentabilidade vinculada ao desempenho do CDI. Logo, você pode encontrar diferentes aplicações, como os certificados de depósitos bancários (CDBs), que pagam uma porcentagem dessa taxa — como 90%, 100% ou 110%.

Desse modo, você consegue se expor a esse índice. Como os títulos de renda fixa são considerados mais seguros que investimentos de renda variável, o CDI também é utilizado como um benchmark do mercado, por ser a remuneração encontrada em diversas aplicações consideradas mais seguras.

Assim, você pode definir se o risco assumido ao investir em um ativo de renda variável vale a pena, considerando a rentabilidade esperada do CDI. Se o risco for muito alto e o potencial de resultado for próximo à taxa DI, pode fazer mais sentido optar por um título de renda fixa, em vez de se expor aos maiores riscos da renda variável.

Quais são os investimentos atrelados ao CDI?

Além dos CDBs, existem diversos investimentos de renda fixa que são atrelados ao CDI. Confira, abaixo, outros exemplos de aplicações que podem acompanhar as variações desse índice!

CDBs

Os certificados de depósito bancários (CDBs) são títulos de renda fixa emitidos por instituições financeiras para levantar recursos que podem ser usados nas operações. A remuneração pode seguir diferentes lógicas (prefixada, pós-fixada ou híbrida).

Nas pós-fixadas, é comum que elas acompanhem um percentual do CDI. Além da previsibilidade, os CDBs proporcionam mais segurança devido à garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) para o investimento, observando o limite estabelecido.

Já os ganhos são tributados pelo Imposto de Renda, com retenção na fonte. As alíquotas vão de 22,5% a 15%, conforme o prazo do investimento.

LCAs e LCIs

As letras de crédito do agronegócio (LCAs) e letras de crédito imobiliário (LCIs) são títulos de renda fixa emitidos por instituições financeiras para captar recursos destinados aos setores agrícola e imobiliário.

Um diferencial desses investimentos é a isenção de Imposto de Renda (IR) para pessoas físicas. Essa característica pode fazer com que a remuneração líquida seja mais atrativa, mas é preciso avaliar as opções individualmente.

A remuneração das LCIs e LCAs que são atreladas ao CDI podem variar de acordo com a evolução do mercado. Cabe ressaltar que LCIs e LCAs contam com a proteção do FGC.

CRIs e CRAs

Os certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) e certificados de recebíveis do agronegócio (CRAs) também são investimentos voltados para os mercados imobiliário e agrícola. Contudo, eles diferem das LCIs e LCAs por serem emitidos por securitizadoras e não por instituições financeiras.

Essas securitizadoras adquirem direitos creditórios relacionados a recebíveis de créditos imobiliários ou do agronegócio e os convertem em títulos negociáveis no mercado financeiro. Embora eles tenham a isenção de IR, não há garantia do FGC.

Debêntures

Por fim, as debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas para captar recursos visando financiar as suas atividades de médio e longo prazo. Esses títulos podem oferecer diferentes formas de remuneração aos investidores, sendo comum aqueles atrelados ao CDI e à inflação.

As regras de IR podem variar: nas debêntures incentivadas, há isenção. Nas demais, a tributação acontece conforme a tabela regressiva da renda fixa. Em relação à proteção, não há garantia do FGC.

Compreendeu como identificar quanto está o CDI hoje e como funciona esse índice tão relevante? Como você percebeu, acompanhar as suas variações pode ajudar a entender melhor os seus investimentos e a tomar decisões mais embasadas.

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