Mercados por TradingView
O acompanhamento semanal de 11/03/2024 a 15/03/2024 reúne os principais dados dos Fundos Imobiliários e atualizações macro sobre os setores. O IFIX apresentou o retorno de -0,22% no período citado acima. O índice de FIIs e a taxa Selic historicamente apresentam correlação negativa, com as expectativas e início dos cortes de juros, fundos imobiliários ganham mais atratividade (principalmente fundos de tijolos, que são mais sensíveis aos movimentos da Selic).
O FII CSHG Renda Urbana (HGRU11) acordou a compra de 14 imóveis do fundo Succespar Varejo (SPVJ11) por R$794,59 milhões. A transação iniciada em junho de 2023 está sujeita a condições acordadas. Com patrimônio líquido de R$733 milhões, o SPVJ11 possui uma ABL de 156 mil metros quadrados, e os imóveis em questão estão distribuídos em 12 estados, com taxa de vacância nula. A maioria dos locatários (97%) pertence ao setor de varejo alimentar, incluindo nomes como Assaí, e 93% dos contratos são atípicos. O HGRU11 planeja uma nova emissão de cotas, já aprovada pelos cotistas, para financiar a transação.
XPML11 anuncia lucro de R$42,489 mi em janeiro, com receita de R$50,375 mi e despesas de R$7,886 mi. Os dividendos alcançam R$27,74 mi, R$0,90 por cota, mantendo-se elevados, apesar de uma pequena queda. O saldo não distribuído por cota em janeiro é de cerca de R$0,67, considerando o FII Internacional Guarulhos. O mês é desafiador para o varejo, com algumas estratégias de promoção para impulsionar as vendas.
O TRX Real Estate (TRXF11) anunciou a realização da “10ª Emissão” de Novas Cotas, no valor de R$250 milhões. A oferta, coordenada pela Guide Investimentos, destina-se a investidores profissionais e atuais cotistas, disponibilizando inicialmente 2.331.665 novas cotas. Os recursos captados serão investidos em obras de ativos imobiliários já adquiridos e na compra de novos ativos, conforme a política de investimento do fundo. O preço por nova cota, incluindo a taxa de distribuição, é de R$109,19. O direito de preferência dos cotistas estará disponível de 18 a 28 de março na B3.
Em fevereiro, o fundo imobiliário HGLG11 obteve um resultado de R$23,9 milhões, comparado a R$35,99 milhões em janeiro. Com receitas de R$33,066 milhões e despesas de R$9,158 milhões, distribuirá R$37,166 milhões em rendimentos. Os dividendos de R$1,10 por cota serão pagos em 14 de março de 2024. O mês não apresentou impactos extraordinários de vendas de imóveis ou receitas de aluguel trimestral da Volkswagen, enquanto a rentabilidade mensal foi de 3,6%, superando o IFIX e o CDI bruto, ambos com 0,8% de avanço.
O FII CSHG Real Estate (HGRE11) firmou acordo com o fundo imobiliário Tellus Properties (TEPP11) para a venda de dez conjuntos do edifício Faria Lima, em SP, por R$95 milhões. O TEPP11 já pagou R$52,25 milhões, e o saldo será quitado em quatro parcelas de R$10,687 milhões. O preço de venda por metro quadrado é de R$19.968,89, representando um ganho significativo em relação ao investimento inicial e ao laudo do ano anterior.
O fundo imobiliário BRCO11 anunciou sua 5ª emissão de cotas no valor inicial de R$ 300 milhões, exclusiva para investidores profissionais. Cada cota será emitida a R$ 121,50, incluindo uma taxa adicional de distribuição primária de R$ 1,55. O investimento mínimo por investidor é de 42 cotas, totalizando R$ 5.037,90, podendo chegar a R$ 5.103,00 com a taxa adicional. O valor da oferta pode aumentar em até 25%, atingindo um máximo de R$ 375 milhões.
À luz das condições de janeiro de 2024, a perspectiva para os fundos imobiliários de recebíveis permanece promissora, especialmente para aqueles com foco em ativos de alta qualidade e risco moderado. Embora a elevação recente do IPCA possa temporariamente afetar o rendimento de fundos atrelados a este índice, esta situação pode oferecer oportunidades de investimento atraentes. Investidores devem considerar fundos com uma sólida qualidade de crédito e projeções de yield compensadoras, mantendo atenção especial em fundos que ofereçam retornos ajustados pela inflação. Recomenda-se avaliar fundos com desempenho consistente e estratégias de gestão prudentes neste cenário econômico. Nosso Top Pick para o setor é RBRY11 e o CVBI11.
Na conjuntura de janeiro de 2024, os Fundos de Fundos (FOFs) apresentam uma dinâmica interessante. Eles estão mostrando um potencial de valorização, principalmente com a expectativa de redução das taxas de juros. Com a melhoria no desempenho do IFIX, antecipa-se um aumento nos ganhos de capital para os FOFs. Isso pode resultar em um incremento nos rendimentos distribuídos, tornando-os mais atrativos para os investidores. Os fundos com maior liquidez são os mais propensos a se beneficiar rapidamente dessa tendência, dada a sua capacidade de capitalizar em mudanças de mercado. Nossos Top Picks para o setor são: HGFF11 e BCIA11.
Caracterizado por um desconto expressivo em relação ao valor patrimonial, o setor também sofre com elevadas taxas de vacância e alta alavancagem. Esses fatores contribuem para um risco adicional no curto e médio prazo, especialmente considerando a necessidade de pagamento de amortizações e a limitada disponibilidade financeira. Esse panorama sugere um ambiente de cautela para investidores e gestores de fundos imobiliários focados em lajes corporativas. Nossos Top Picks para o setor são fundos que possuem participação em ativos de alta qualidade e localizações primárias, como Vila Olímpia, Itaim e Faria Lima e nula ou baixa alavancagem: PVBI11 e HGPO11.
Em 2024, o setor de shoppings mostra sinais de recuperação, impulsionado pelo aumento do consumo das famílias. Esse crescimento no consumo reflete positivamente no segmento, sugerindo um impacto favorável nos rendimentos distribuídos aos cotistas. Existe uma expectativa de elevação na receita operacional líquida (NOI) para os próximos 12 meses, indicando um cenário promissor para os fundos imobiliários focados em shoppings, tanto em termos de valorização quanto de geração de renda para os investidores. Nossos Top Picks para o setor são: HGBS11 e XPML11.
Em 2024, o setor de galpões industriais mantém-se em foco, com um acompanhamento atento da relação entre demanda e oferta de novos galpões disponíveis para locação. Uma observação relevante é que, no curto prazo, não se vislumbra uma situação de sobreoferta nesse segmento. A expectativa é de um aumento nos valores dos aluguéis praticados, especialmente para galpões bem localizados e dentro do raio de 30 quilômetros, conhecido como a “última milha” de entrega. Esse cenário indica uma oportunidade para investidores e gestores de fundos imobiliários de galpões, com perspectivas de valorização e potencial de renda sólida ao longo do ano. Nossos Top Picks para o setor são: BTLG11 e BRCO11.
Acreditamos que neste ano de 2024 os fundos imobiliários continuarão a atrair cotistas em busca de uma renda passível sem muita volatilidade, e com o viés de diversificação de portfólio. Os setores mais indicados para o ano são: Logística, Lajes Corporativas, Shoppings e Varejo.
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