Mercados por TradingView
A cobrança de Imposto de Renda é uma preocupação constante na vida dos brasileiros, inclusive na hora de investir no mercado financeiro.
Isso explica porque os investimentos isentos chamam a atenção de muitos investidores, especialmente daqueles que acreditam que esse é o melhor caminho para alcançar melhores rendimentos.
Antes, a caderneta de poupança era vista como a única opção para investir com isenção fiscal. Hoje outros investimentos livres de IR, tanto na renda fixa, quanto em renda variável, estão cada vez mais presentes nas carteiras dos investidores.
Se você deseja conhecer os melhores investimentos sem imposto de renda, continue a leitura e entenda como eles podem contribuir com o retorno de suas aplicações.
Para começar, veja o que falaremos neste artigo:
Por que alguns investimentos são isentos de Imposto de Renda?
O que são rendimentos isentos e não tributáveis?
Poupança paga Imposto de Renda?
Quais são as aplicações em renda fixa sem Imposto de Renda?
Quais são os fundos de investimento sem Imposto de Renda?
Vantagens e desvantagens de investimentos sem IR
Até quanto em ações posso investir sem Imposto de Renda?
Como fazer investimentos sem pagar Imposto de Renda?
Investimentos com ou sem IR? Qual escolher?
Para não esquecer: lista completa dos investimentos sem Imposto de Renda 2024
Qual é o melhor investimento sem Imposto de Renda?
Considerações sobre investimentos sem Imposto de Renda
Ao término deste conteúdo, desejamos que você se sinta seguro para escolher os melhores ativos para sua carteira de investimentos.
O Imposto de Renda (IR) é um tributo federal que incide sobre a renda dos brasileiros. Anualmente, a Receita Federal utiliza a Declaração de IR para avaliar se o imposto informado pelos contribuintes condiz com as receitas e despesas obtidas ao longo do ano.
Por este motivo, a Declaração de Imposto de Renda funciona como uma espécie de controle do governo para acompanhar a evolução do patrimônio dos contribuintes.
Em relação aos investimentos, cada classe de ativos segue uma regra específica de recolhimento do imposto, podendo ser:
De maneira geral, o governo categoriza algumas aplicações financeiras como isentas de Imposto de Renda para incentivar a captação de recursos para projetos em determinadas áreas do mercado.
Esse incentivo estimula o fluxo de dinheiro para atividades estratégicas e importantes na economia brasileira, como o setor de agronegócio, o de infraestrutura e o setor imobiliário.
Os rendimentos isentos e não tributáveis são aqueles aos quais o contribuinte pessoa física não paga imposto sobre seus recebimentos.
De acordo com a Receita Federal, rendimentos tributáveis abaixo de R$28.559,00 ou não tributáveis de até R$40 mil durante o ano enquadram-se nessa categoria.
A poupança, alguns títulos de renda fixa, a aposentadoria e o seguro desemprego tem os seus rendimentos isentos e não tributáveis.
Mas atenção: ainda que estas aplicações estejam livres do IR, elas precisam ser declaradas. Lembre-se que a Declaração Anual de Imposto de Renda funciona como uma prestação de contas com o governo.
A poupança é um dos tipos de investimentos em que não há a cobrança de Imposto de Renda. Ainda que os rendimentos conquistados nessa categoria sejam isentos de IR, eles devem constar na Declaração Anual de Imposto de Renda.
Segundo a Receita Federal, todos que receberam rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$40.000,00 também precisam declarar.
Somente os contribuintes que não se enquadrarem nos critérios de obrigatoriedade estabelecidos pelo Fisco estão livres dessa obrigação. Portanto, atente-se e evite cair na malha fina!
Outros tipos de investimento em renda fixa, além da poupança, são referências de ativos isentos de Imposto de Renda. Confira essas modalidades de investimento:
Os Certificados de Recebíveis Agrícolas (CRA) e Imobiliários (CRI) são títulos de crédito privado, emitidos exclusivamente por empresas securitizadoras.
Esses Certificados são uma ferramenta de captação de dinheiro usada para o financiamento de projetos do setor de agronegócio e do mercado imobiliário, respectivamente.
Em geral, os CRAs e CRIs possuem baixa liquidez. Por isso, essa categoria de ativo costuma ser destinada aos investidores com horizonte de médio a longo prazo, que buscam retornos consistentes sem a volatilidade da renda variável.
As Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e Imobiliários (LCI) são títulos emitidos exclusivamente por bancos, destinados ao setor agrícola e a empreendimentos imobiliários.
Além do benefício fiscal, esses títulos de renda fixa contam com a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que assegura ao investidor uma cobertura de até R$250 mil por CPF (limitado a 1 milhão), no caso de inadimplência da instituição emissora.
O vencimento dessas Letras de Crédito costumam variar, mas todas possuem um período de carência de, no mínimo, 90 dias.
Considerada a “queridinha” de muitos brasileiros, em especial dos mais conservadores, a poupança ainda é a aplicação mais tradicional no país, embora este cenário esteja mudando graças ao acesso cada vez mais facilitado à educação financeira.
Seu rendimento é baseado na taxa básica de juros, a Selic, e taxa referencial (TR), creditado a cada 30 dias, na data de aniversário da aplicação.
Assim como outras modalidades de investimentos em renda fixa, a poupança também conta com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
Vale mencionar que o retorno da poupança normalmente é mais baixo que de outros ativos da mesma classe, reduzindo assim a sua atratividade.
As debêntures são títulos de crédito com prazo de vencimento mais longo, liquidez baixa, mas que costumam remunerar melhor os investidores.
Alguns tipos de debêntures são alternativas de rendimento isento de Imposto de Renda, por isso denominadas debêntures incentivadas.
Elas correspondem aos títulos de dívida emitidos por empresas, visando captar recursos para financiar projetos de infraestrutura.
É válido destacar que as debêntures incentivadas não contam com a cobertura do Fundo Garantidor de Créditos, logo possuem maior risco de crédito.
Por este motivo, é indispensável realizar uma análise criteriosa da empresa emissora do título antes de adquiri-lo.
Os fundos de debêntures incentivadas são outra opção para investir nessa categoria. Por meio deles, é possível aplicar em vários títulos comprando uma única cota, o que pode ser um fator positivo.
Além de alguns fundos de investimentos em debêntures incentivadas, os fundos de investimentos imobiliários — FIIs também contemplam o investidor pessoa física com o benefício fiscal.
Neste caso, a isenção de impostos acontece apenas sobre os rendimentos mensais pagos ao investidor.
Quando as cotas dos fundos imobiliários são negociadas acima do valor que foram adquiridas, ou seja, com valorização, o lucro será tributado à alíquota de 20% no momento da venda do ativo.
A principal vantagem dos investimentos isentos e também o grande responsável por torná-los atrativos é exatamente a ausência de cobrança tributária sobre o rendimento da aplicação.
Porém, ainda que o benefício fiscal seja um ponto importante, isso não significa que os demais tipos de investimentos sejam menos interessantes.
Na verdade, os produtos financeiros tributados costumam ter uma rentabilidade mais atrativa que a de ativos isentos, sobretudo os que possuem maior exposição ao risco.
O principal ponto de atenção, neste caso, ficará no prazo das aplicações, visto que a maioria delas segue a tabela regressiva, que inicia com 22,5% e encerra com 15% após dois anos.
Logo, o investidor que permanecer por mais tempo terá um retorno maior, enquanto o que ficar por menos tempo terá uma rentabilidade menor.
As operações comuns na bolsa de valores que não ultrapassam o volume de R$ 20 mil ao mês também estão livres da incidência de IR.
Já no day trade, não há isenção de imposto e a cobrança é de 20% sobre o lucro, independente do volume negociado.
Outra particularidade dos investimentos em ações é o pagamento de dividendos. Ao adquirir uma ação e se tornar um pequeno sócio de empresas de capital aberto, você tem direito a participar dos lucros da companhia.
Até o momento, os dividendos são isentos de IR para pessoa física, semelhante aos rendimentos pagos pelos Fundos de Investimentos Imobiliários. No entanto, isso pode mudar com a Reforma Tributária.
Mesmo quando não há cobrança de Imposto de Renda, é necessário informar os rendimentos na declaração de IR. No caso de venda de ações com valorização, o lucro será tributado.
Por muito tempo, a poupança foi a principal referência no Brasil de investimento sem cobrança de Imposto de Renda. Contudo, isso tem mudado nos últimos anos.
Em 2023, por exemplo, o volume financeiro aplicado na poupança reduziu em 3,8%, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA).
Hoje, os investidores buscam outras oportunidades, que também tenham a isenção da cobrança de IR com mais chances de lucro.
Produtos de renda fixa, como os títulos de crédito privado e as debêntures incentivadas são exemplos de opções seguras e com retorno mais atrativo.
Os dividendos distribuídos pelas ações e por Fundos de Investimentos Imobiliários também são alternativas para aqueles com perfil de investidor moderado, que se expõem mais ao risco em busca de melhores retornos, sem abdicar totalmente da isenção fiscal.
Depende! A escolha do melhor ativo para compor sua carteira não deve ser necessariamente relacionada ao recolhimento ou não de Imposto de Renda.
A busca por aplicações deve ser pautada em premissas como perfil de risco, horizonte de investimentos e necessidade de liquidez. Essas informações, de fato, são importantes no processo de escolha dos ativos.
A poupança, por exemplo, é um tipo de investimento seguro, com liquidez diária, que atende as necessidades de curto prazo. Por outro lado, sua rentabilidade real chega a ser negativa, quando fica abaixo da inflação.
Portanto, tenha em mente que um portfólio diversificado é fundamental e aumentará certamente o potencial de retorno da sua carteira de investimentos, além de mitigar os riscos.
Relembre as principais opções de investimentos isentos de Imposto de Renda no Brasil:
O melhor investimento é sempre aquele compatível com o seu perfil de risco, horizonte de investimentos e que atende às suas necessidades e objetivos, seja ele livre da cobrança de Impostos ou não.
O benefício fiscal é, de fato, uma forma de potencializar o retorno de sua carteira de investimentos, mas esse não pode ser o único fator a se considerar.
Avaliar o prazo de carência, liquidação, valores mínimos de movimentações, dentre outras premissas, aumentará a assertividade de suas escolhas e, consequentemente, o rendimento líquido de seus investimentos.
O mercado tem se tornado cada vez mais acessível aos investidores em geral. A variedade de produtos financeiros disponíveis permite que todos invistam em ativos que atendam aos seus objetivos e seu perfil de investidor.
Ainda que nos últimos anos a busca por investimentos mais arrojados tenha intensificado, a procura pelos ativos de renda fixa, sobretudo os isentos de IR, permanece.
Agora que você conhece melhor essa categoria, relembre alguns pontos apresentados neste conteúdo:
Continue nos acompanhando para saber mais sobre investimentos e Imposto de Renda.
Aproveite para conhecer o serviço de assessoria wealth management da Guide Investimentos e conte com a ajuda de especialistas para escolher as melhores alternativas de investimento, seja na renda fixa ou no mercado de renda variável.
Abra a sua conta e invista com quem te entende!
Você pode se interessar também por:
N/A N/A Perspectivas: os destaques da próxima semana são as divulgações ...
O mercado financeiro conta com diversos conceitos e termos ...
Se o Tesouro Direto esteve em sua carteira de ...
Acompanhamento Semanal – 08 de Abril de 2024 IFIX durante ...
A composição e gestão de uma carteira de criptomoedas ...
O mercado financeiro conta com diversas alternativas de investimento, ...
SBSP3 BBAS3 Perspectivas: os destaques da próxima semana são as divulgações ...
Os investimentos são formas de aproximar você dos seus ...